O parecer do Tribunal de Contas do Estado julgou irregulares as contas de Toninho Gemente referentes ao exercício de 1992 e aprovado pela Câmara em 2008, desde então, ele ficou impedido de participar das eleições que fossem realizadas até 2016
Somente os 13 vereadores foram empossados neste domingo em Mairinque. O prefeito eleito pelo PRP Antônio Alexandre Gemente, o Toninho Gemente (foto), está com os direitos políticos cassados - situação que ainda tenta reverter no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após três decisões desfavoráveis. Como não pode ser empossado, o cargo de chefe do Executivo será exercido temporariamente pelo presidente da Câmara: Alexandre "Peixinho" Azzini (PP), reeleito ontem.
Peixinho faz parte do grupo político que apoiou a candidatura de Gemente. Com isso, os secretários municipais do governo Rubens Merguizo Filho (PMDB), que se encerrou, devem apresentar hoje seus pedidos de exoneração. Eles haviam sido orientados a permanecerem em suas funções se um vereador da situação anterior fosse eleito presidente da Legislativo.
O parecer do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) que julgou irregulares as contas de Toninho Gemente referentes ao exercício de 1992 (no segundo de seus três mandatos na cidade) foi aprovado na Câmara Municipal de Mairinque em 2008. Desde então, ele ficou impedido de participar das eleições que fossem realizadas até 2016. Segundo o relatório, entre outras irregularidades, Gemente teria utilizado verba da educação para eventos carnavalescos.
Nas eleições de outubro, Gemente teve 9.200 votos - pouco mais de 300 além de Merguizo, que concorreu à reeleição. O candidato do PRP não foi declarado vencedor por estar com a candidatura indeferida. Ele recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e, posteriormente, ao TSE. No dia 10 de dezembro, em decisão monocrática, a ministra Rosa Weber manteve a condenação, mas ainda restam os demais magistrados. Com o recesso, a questão só voltará à pauta em fevereiro.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul