Foto: Reprodução / TV TEM/Arquivo
A menina tinha escondido a gravidez da família e, quando entrou em trabalho de parto, se trancou no banheiro, tentou asfixiar a recém-nascida e, por fim, jogou o bebê pela janela de casa
A delegada Alexandra Gonçalves Nogueira (foto), da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) que investiga a um caso de tentativa de infanticídio em Bauru disse que foi um milagre a menina ter sobrevivido. De acordo com as investigações da polícia, a mãe do bebê, uma adolescente de 16 anos, é suspeita de tentar matar a filha dentro do banheiro de casa, no bairro Boa Vista, na quarta-feira (4).
A menina tinha escondido a gravidez da família e, quando entrou em trabalho de parto, se trancou no banheiro e tentou asfixiar a recém-nascida. Por fim, jogou o bebê pela janela de casa. "Ela nasceu de novo, é uma guerreira", afirma a delegada.
A criança, que nasceu com 3,3 quilos, segue internada na Maternidade Santa Isabel. A delegada disse que o estado de saúde dela é estável, mas não há previsão de alta. Ainda segundo a delegada, a adolescente confessou que não queria ficar com o bebê. "A menina contou que tinha a intenção de se desfazer da criança. Ela disse que engravidou de um homem com quem teve um relacionamento uma vez e nem sabe o nome dele", completa. A adolescente também está internada na maternidade e teve alta nesta sexta-feira (6).
Ato infracional
Segundo o delegado Luiz Claudio Massa, a adolescente tentou matar a filha várias vezes ao dar à luz no banheiro de casa. Ela tentou estrangular a criança com o cordão umbilical e enfiou papel higiênico na boca do bebê para sufocá-lo. Por fim, ainda segundo o delegado, a jovem jogou o bebê pela janela enrolado em uma toalha quando percebeu que sua mãe estava na porta do banheiro.
A avó da criança acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que socorreu a vítima para a Maternidade Santa Isabel. Ainda segundo a polícia, a avó também não demonstrou interesse em ficar com a criança. Segundo Alexandra, quando a menina receber alta, deve ir para um abrigo. Como o caso é um ato infracional, será encaminhado para a Vara da Infância e Juventude. A adolescente será acompanhada por equipes especializadas.
Fonte: G1