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30/01/2017

Eike Batista é preso em aeroporto do Rio de Janeiro e recolhido ao presídio



O empresário foi encaminhado diretamente para o Instituto Médico Legal (IML) onde permaneceu menos de meia hora e, em seguida, ser conduzido para o presídio Ary Francoa em Água Santa, na Zona Norte do Rio

 

O empresário Eike Batista, que estava foragido desde a última quinta-feira, foi preso na manhã desta segunda no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Eike estava em viagem de negócios em Nova York desde terça e embarcou na madrugada desta segunda em voo da companhia American Airlines. Ele foi detido por agentes da Polícia Federal assim que desceu da aeronave por volta das 10h10.

O empresário foi encaminhado diretamente para o Instituto Médico Legal (IML) onde permaneceu menos de meia hora e, em seguida, ser conduzido para o presídio Ary Francoa em Água Santa, na Zona Norte do Rio. Menos de uma hora depois, sob alegação de segurança,  foi transferido para a Penitenciária Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste da cidade.

Eike teve a prisão decretada nesta quinta quando foi o principal alvo da segunda fase da Operação Lava Jato no Rio, batizada de Operação Eficiência. As investigações apontaram que o empresário pagou propina no valor de 16,5 milhões de dólares ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) usando uma conta no Panamá.

Para dar aparência de legalidade às transações, foi feito em 2011 um contrato de fachada de compra e venda de uma mina de ouro.  Os valores ilícitos eram depositados numa conta no Uruguai, em nome de terceiros, mas o dinheiro era direcionado a Cabral.

Pessoas próximas a Eike Batista relatam que o empresário está com medo de morrer na prisão. Isso porque ele doou 20 milhões de reais para o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Enquanto funcionou, a UPP retomou territórios antes controlados por traficantes, impondo prejuízos e prisões às facções criminosas. Eike, que não tem curso superior e vai para a cela comum, sabe do alto risco que corre.

O advogado de Eike Batista, Fernando Martins, disse que a estratégia de defesa do empresário ainda está indefinida, inclusive sobre uma possível delação premiada. “Ele estava em uma viagem a negócios (em Nova York). Vamos conversar sobre a estratégia e definir os procedimentos”, disse Martins.

De acordo com Martins, não houve negociação com a Polícia Federal ou o Ministério Público Federal (MPF) na busca de melhores condições de detenção para o ex-bilionário. Eike não tem o ensino superior completo, por isso fica em um presídio comum. “Não houve negociação nenhuma”, garantiu.

Fonte: VEJA










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