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15/02/2017

Mulher desaparecida em Paranapanema é localizada morta em Avaré



Segundo a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), responsável pelo caso, depois de longa investigação, conclui-se que o assassino é o ex-namorado da vítima, Antonio de Oliveira, conhecido como “Paulão”, de 44 anos, que confessou o crime

 

Depois de mais de oito meses desaparecida em Paranapanema os restos mortais de Rita de Cássia Cardoso da Mota, de 51 anos, moradora da cidade de Paranapanema foi localizada pela Polícia Civil em um poço seco nas proximidades do Distrito de Barra Grande, zona rural de Avaré..

Segundo a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), responsável pelo caso, depois de longa investigação, conclui-se que o assassino é o ex-namorado da vítima, Antonio de Oliveira, conhecido como “Paulão”, de 44 anos, que confessou o crime. Ele foi preso temporariamente por 30 dias, por feminicídio e ocultação de cadáver. O delegado Rubens César Garcia Jorge relata que foi Antonio quem indicou o local do crime.

O Corpo de Bombeiros participou da operação, que durou mais de 5 horas. Uma retroescavadeira teve que ser utilizada para alargar o poço e permitir a entrada dos policiais. Foram retiradas várias camadas de entulho e terra. O corpo estava numa profundidade de cerca de 4 metros e por isso teve que ser içado por meio de cordas.


De acordo com as investigações, Rita foi morta com um golpe de telha desferido na cabeça pelo ex-namorado, após uma discussão. Em seu depoimento Antonio disse ainda que antes de tirar a vida da ex-namorada havia ingerido bebida alcoólica e consumido pedras de crack, droga da qual afirmou ser dependente há vários anos. O crime, segundo a Polícia, teria ocorrido entre o final de junho e início de julho do ano passado.


O poço onde o corpo de Rita foi arremessado fica próximo de um barraco de propriedade de Antonio, local onde segundo as investigações o crime teria acontecido. A área fica às margens de uma linha férrea onde é comum a ocupação ilegal de terrenos por posseiros.
Após acompanhar o trabalho de localização do corpo da vítima, Antonio foi transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cerqueira César onde aguardará decisão da Justiça. Se for condenado pode pegar uma pena de até 33 anos de prisão.


Desaparecimento

De acordo com o inquérito policial instaurado pela DIG, Rita e Antonio se conheceram em Paranapanema e começaram a se relacionar no mês de abril de 2016. Ela era viúva e iniciou o namoro mesmo contra a vontade dos familiares. Antonio havia acabado de deixar a Penitenciária de Cerqueira César, onde cumpria pena por tráfico de drogas. Ainda segundo o inquérito, a vítima recebia mensalmente dinheiro do programa Bolsa Família. Ela também tinha acabado de vender um terreno para um irmão, em Paranapanema, pelo valor de R$ 12 mil.


O último contato que a família teve com a vítima foi no dia 23 de junho de 2016, por telefone. Na ocasião, Rita teria dito que estava em Avaré com Antônio e que estava bem. Desde então os parentes não a viram e nem falaram mais com ela. Um boletim de ocorrência de desaparecimento foi registrado pela família na Delegacia de Polícia de Paranapanema, que o encaminhou para a DIG.


Antonio, por sua vez, foi visto por um filho da vítima, algum tempo depois, na Rodovia daquele município. Questionado sobre o paradeiro de Rita, se limitou a dizer que a mesma estava morando com ele em Avaré e que ambos estavam se preparando para ir para Santa Catarina, sem falar sobre o motivo da mudança.


A partir desse fato o suspeito não foi mais encontrado em Avaré, mas a DIG conseguiu localizá-lo na cidade de Buri, onde morava com sua mãe. Na ocasião, ele tentou empreender fuga, mas foi contido pelos policiais. Na época, ele disse que havia terminado o namoro com Rita e que ela teria ficado na cidade de São Joaquim/SC, para trabalhar no cultivo de uva e maça.


Também durante as investigações verificou-se que Antonio havia sacado o benefício do Bolsa Família de Rita nos dias 28/06/2016 e 28/07/2017, informação que foi checada e confirmada. Esses dados foram fundamentais para o êxito da investigação e para fundamentar o pedido de prisão temporária de Antonio.

Fonte e foto: Avaré Urgente










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