Foto: Valéria Cuter
A reportagem acompanhou esse caso e conversou com o indiciado ainda na cela da DIG, antes de sua recondução ao CDP e, entre outras coisas, disse que é dependente químico e pretende deixar o vício
Um fato não comum foi atendido pelos policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) com a captura de Márcio Antônio Craveiro, de 20 anos, um cidadão que estava com prisão preventiva decretada por crime de tráfico de entorpecentes. Ele foi preso no início do mês de janeiro deste ano pelos policiais militares Destro e Doriguel, no Jardim Peabiru. Na ocasião, segundo o boletim de ocorrência (BO), ele tentou engolir o entorpecente para escapar do flagrante e foi recolhido à cadeia.
Entretanto, um erro na vistoria do alvará de soltura no Centro de Detenção Provisória (CDP), de Itatinga, fez com fosse colocado em liberdade esta semana, por engano. “Assim que soubemos que ele estava em liberdade nos deslocamos até sua casa e o localizamos. Ele mostrou surpresa ao receber voz de prisão, mas não reagiu. Com isso, ele retornou ao CDP, onde deverá permanecer até que seja, devidamente, julgado”, explicou o delegado da DIG, Geraldo Franco Pires.
A reportagem acompanhou esse caso e conversou com o indiciado ainda na cela da DIG, antes de sua recondução ao CDP. Entre outras coisa disse que é dependente químico e está passando por um momento de abstinência. “Não uso droga desde que fui preso e minha intenção é parar com isso. Não é fácil não senhor! Isso (crack) mata a gente Naquele dia (da prisão) eu estava mesmo com pedras de crack, mas era para meu uso”, disse.
Sobre sua prisão ele foi taxativo. “Fique contente com minha liberdade porque lá (CDP) a coisa é feia e está lotado. Fique surpreso quando vi a polícia chegando na minha casa dizendo que eu tinha que voltar para a prisão. Fiquei pouco tempo em liberdade. Quero trabalhar e sair dessa vida, senhor, pois tenho família. Vou fazer de tudo para não voltar a me drogar”, prometeu.