Fotos: Valéria Cuter
Para o advogado Ezeo Fusco Junior o júri fez justiça ao entender que o réu não podia ter sido condenado, pois no dia dos fatos houve uma briga entre os dois e a vítima trazia uma faca na cintura, sendo que na luta corporal a arma acabou atingindo a vítima ocasionando sua morte
Nesta quinta-feira, dia 16, um Corpo de Jurados formado por sete pessoas da sociedade botucatuense (quatro mulheres e três homens), absolveu o réu Maicon Rodrigues Generoso, de 20 anos de idade. A sentença foi proferida pelo juiz titular da 2ª Vara Criminal Henrique Alves Corrêa Iatarola, presidente Tribunal de Júri da Comarca de Botucatu.
Nos autos do processo Generoso foi denunciado como autor do assassinado um adolescente de 17 anos chamado Mailson de Melo Barros. Na defesa de Generoso esteve atuando o advogado Ezeo Fusco Júnior, que debateu em plenário com o representante do Ministério Público, promotor Marcos José de Freitas Corvino, que também entendeu que não havia provas suficientes para pedir a condenação do réu.
De acordo com a denúncia o crime ocorreu na primeira hora da madrugada do dia 23 janeiro de 2016, na Rua Rosa de Jesus Ceranto, em Pardinho. Os dois teriam se desentendido após uma festa que acontecia nas imediações. Durante a briga, Maicon teriam apanhado uma faca e aplicado um golpe na região da virilha do adolescente atingindo sua veia femoral, ocasionando muita perda de sangue e hemorragia interna.
Quando a viatura da PM chegou, a vítima já havia sido socorrida com vida até o pronto-socorro local, mas morreu logo após dar entrada no Hospital das Clínicas de Rubião Júnior. O autor foi preso no local do crime pela PM e conduzido até o plantão permanente da Polícia Civil, onde foi indiciado por homicídio qualificado (artigo 121 do Código Penal). Ele ganhou a liberdade há 15 dias e comemorou o resultado do júri.
“Na verdade eu não matei ninguém e nem lembro direito o que aconteceu. Só sei que brigamos, mas aquela faca não estava comigo, não. Nem tentei fugir do local. Por causa disso, fiquei preso por mais de um ano. Agora só quero recomeçar minha vida”, disse Generoso.
Para o advogado Ezeo Fusco Junior o júri fez justiça ao entender que Generoso não podia ter sido condenado. “Naquele dia houve uma briga entre os dois e a vítima trazia uma faca na cintura. Na luta corporal a faca acabou atingindo a perna da vítima ocasionando sua morte. Não houve nenhuma intenção de cometer o crime. Foi uma fatalidade. Felizmente os jurados entenderam nossa tese de defesa e optaram pela absolvição. Com isso ele (Generoso) pode tocar sua vida”, colocou o advogado.