Policiais são acusados de excesso de violência em ação no Jardim Brasil

Foto - Reprodução da TV TEM

O comando da Polícia Militar de Botucatu, através do Relações Públicas, capitão Leonardo Bruno, adiantou que  foi aberta uma  sindicância para apurar os fatos

 

Uma reportagem produzida pela equipe da TV TEM e reproduzida em vários meios de comunicação da região, reflete a denúncia de um rapaz de 19 anos, auxiliar de serviços gerais, chamado Kennedy de Souza Fernandes. Ela acusa policiais militares (cinco homens e uma mulher) da prática de tortura, sendo queimado nas costas e pernas com um ferro de passar roupas, causando-lhe queimaduras de 2º e 3º graus.

Segundo o rapaz, a PM teria invadido sua casa no Jardim Brasil na última quinta-feira, dia 16, à procura de drogas e como ele disse que não tinha teria sido agredido e torturado. Após as agressões os policiais teriam ido embora e ele foi levado ao Pronto Socorro Regional para cuidar de suas queimaduras. O caso foi registrado na 2ª Central da Polícia Judiciária e Ministério Público.

Em seu relato o rapaz contou que um dos policiais colocou o ferro de passar na tomada para esquentar, depois queimou suas costas e pernas. “Ele perguntava se estava doendo. Quando o outro policial chegou,  ele começou a dar um monte de soco na barriga e me algemaram para me levar preso. Ele agrediu meu primo também. Mas quando um deles viu como ficou o machucado, ele se assustou e não me apresentou na delegacia”, contou o rapaz. A mãe diz que os outros menores também foram ameaçados e agredidos. “Se tivesse droga levasse meu filho, não precisava queimar. Eles torturaram meu filho e eu quero justiça.”

O comando da Polícia Militar de Botucatu, através do Relações Públicas, capitão Leonardo Bruno, adiantou que  foi aberta uma  sindicância para apurar a conduta dos policiais. “O caso será investigado e tem em média 40 dias para ser concluído. Se for comprovada a denúncia, os policiais militares serão devidamente punidos”, adiantou o capitão da PM. A Polícia Civil também vai investigar o caso, através da Delegacia de Defesa da Mulher  (DDM), uma vez que dois menores de idade também estariam envolvidos nessa agressão.