João Mathias é acusado de matar sua ex-namorada Sueli Aparecida Pereira e Ademir Matias, (38 e 29 anos, respectivamente, na ocasião dos fatos) em uma festa, no Bairro Guarantã, zona rural de Botucatu, em dezembro de 2014
Sob a presidência do juiz titular da 2ª Vara Criminal, Henrique Alves Corrêa Iatarola, o Tribunal de Júri do Fórum de Botucatu se reúne nesta quinta-feira, dia 23, para proceder o julgamento do empresário João Alberto Mathias, de 64 anos. O julgamento, um dos mais aguardados dos últimos tempos, está marcado para ser iniciado às 9 horas, com o sorteio das sete pessoas que irão compor o Conselho de Sentença (jurados) entre as 23 convocadas pela justiça e decidir o futuro do réu. O representante do Ministério Público será o promotor de justiça, Marcos José de Freitas Corvino.
João Mathias é acusado de matar sua ex-namorada Sueli Aparecida Pereira e Ademir Matias, (38 e 29 anos, respectivamente, na ocasião dos fatos) em uma festa, no Bairro Guarantã, em Botucatu, zona rural da cidade, dia 07 de dezembro de 2014. Os advogados de defesa, Rita de Cássia Barbuio e José Roberto Pereira, não quiseram adiantar a tese defensiva, mas a probabilidade é que tentem convencer os jurados que o réu agiu sob violenta emoção.
O empresário foi denunciado como autor de um duplo assassinato passional triplamente qualificado, cometido no Bairro Guarantã, onde estava sendo realizado uma festa em frente a igreja matriz. De acordo com testemunhas que presenciaram o crime, João Mathias chegou ao local da festa e visualizou Sueli dançando com Ademir. Ele sacou de um revólver calibre 38 e disparou um tiro contra a cabeça do desafeto que caiu de bruços. A mulher tentou fugir e Mathias disparou três tiros contra ela, sendo que dois acertaram as costas e o pescoço e um terceiro atingiu o pára-brisas de um carro estacionado.
Após os disparos Mathias fugiu em seu carro, um Monza verde, e algumas pessoas que estavam na festa ainda tentaram interceptar a fuga atirando pedras no veículo que teve o vidro lateral estilhaçado. A mulher ainda foi socorrida com vida por uma enfermeira que estava na festa, mas morreu ao dar entrada no Hospital das Clínicas, da Unesp, de Rubião Júnior.
O acidente
Mathias retornou a Botucatu e o sair da SP-300 Rodovia Marechal Rondon e adentrar pela Domingos Sartori, percebeu as motocicletas da equipe do Grupo Especial de Patrulhamento Ostensivo com Motocicleta (Gepom) da Guarda Municipal, além de uma viatura da Policia Militar. A perseguição aconteceu por várias ruas da cidade e só terminou no início da Rua João Morato da Conceição, na Vila Maria, quando Mathias bateu o carro contra um estabelecimento comercial.
No Plantão Permanente, depois de ser medicado dos ferimentos no rosto causados pelo acidente, Mathias alegou que namorava Sueli há 12 anos e teria descoberto que ela o traia há dois anos. Alegou ainda que sempre havia dado de tudo para a mulher e perdeu a cabeça quando ficou sabendo (da traição) e só não tirou a própria vida porque as balas do revólver falharam.