Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Segurança
23/03/2017

Julgamento do empresário João Mathias atrai um grande número de pessoas



Fotos: Valéria Cuter

Por: Quico Cuter

João Mathias é acusado de matar sua ex-namorada Sueli Aparecida Pereira e Ademir Matias em uma festa, no Bairro Guarantã,  zona rural de Botucatu, em dezembro de 2014

 

Um grande número de pessoas compareceu no Tribunal de Júri do Fórum de Botucatu na manhã desta quinta-feira (23) para acompanhar o julgamento do empresário João Alberto Mathias, de 64 anos de idade. O réu tem como defensores os advogados criminalistas Rita de Cássia Barbuio e José Roberto Pereira. com apoio da estagiária Natália de Paula Medeiros..

Mathias é acusado de assassinar sua ex-namorada Sueli Aparecida Pereira e  Ademir Matias, (38 e 29 anos, respectivamente, na ocasião dos fatos) em uma festa, no Bairro Guarantã, em Botucatu, zona rural da cidade, dia 07 de dezembro de 2014.  O plenário do Fórum ficou pequeno e muita gente permanece do lado de fora aguardando a oportunidade para entrar.

Sob a coordenação do juiz titular da 2ª Vara Criminal, Henrique Alves Corrêa Iatarola,  presidente do Tribunal de Júri da Comarca, o julgamento de Mathias teve início por volta das  9h30 e o primeiro ato foi o sorteio dos jurados. Das 21 pessoas convocadas, sete foram sorteadas para compor o júri. Com isso, seis mulheres e um homem  irão decidir o futuro do réu.

Vale destacar que dois homens sorteados foram recusados pelo Ministério Público, representado pelo promotor de justiça,  Marcos José de Freitas Corvino, responsável acusação ao réu, juntamente com a advogada assistente Mariana Percário. Na sequência começaram a ser ouvidas as testemunhas de acusação e defesa (cinco de cada lado) antes do debate entre os advogados defensores e o promotor público. O julgamento não tem hora para acabar e poderá se prolongar até as primeiras horas da madrugada de sexta-feira (24).

 

O crime

O empresário foi denunciado pelo Ministério Público como autor de um duplo assassinato triplamente qualificado, cometido no Bairro Guarantã, onde estava sendo realizado uma festa em frente à igreja matriz. De acordo com testemunhas que presenciaram o crime, João Mathias chegou ao local da festa e visualizou Sueli dançando com Ademir. Ele sacou de um revólver calibre 38 e disparou um tiro contra a cabeça do desafeto que caiu de bruços. A mulher tentou fugir e Mathias disparou três tiros contra ela, sendo que dois acertaram as costas e o pescoço e um terceiro atingiu o pára-brisas de um carro estacionado.

Após os disparos Mathias fugiu em seu carro, um Monza verde, e algumas pessoas que estavam na festa ainda tentaram interceptar a fuga atirando pedras no veículo que teve o vidro lateral estilhaçado.  Sueli ainda foi socorrida com vida por uma enfermeira que estava na festa, mas morreu ao dar entrada no Hospital das Clínicas, da Unesp, de Rubião Júnior.

 

O acidente

Mathias retornou a Botucatu e o sair da SP-300 Rodovia Marechal Rondon e adentrar pela Domingos Sartori, percebeu as motocicletas da equipe do Grupo Especial de Patrulhamento Ostensivo com Motocicleta (Gepom)  da Guarda Municipal, além de uma viatura da Policia Militar. A perseguição aconteceu por várias ruas da cidade e só terminou no início da Rua João Morato da Conceição, na Vila Maria, quando Mathias bateu o carro contra um estabelecimento comercial.

No Plantão Permanente, depois de ser medicado dos ferimentos no rosto causados pelo acidente,  Mathias alegou que namorava Sueli há 12 anos e teria descoberto que ela o traia há dois anos. Alegou ainda que sempre fez todas as vontades da mulher e perdeu a cabeça quando ficou sabendo (da traição) e só não tirou a própria vida porque as balas do revólver falharam.










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