Os animais estavam em um paiol de armazenamento de grãos que atraem ratos e estes são o principal alimento das cobras que foram capturadas encaminhadas ao CEVAP da Unesp de Botucatu
Acionados por moradores de uma casa no Bairro da Bocaina, zona rural de Botucatu, os agentes municipais Carlos e Lazarini, do Grupo de Patrulhamento Ambiental (GPA), fizeram a captura de duas cobras com alto teor de peçonha (veneno), conhecidas como cascavel.
As cobras estavam em um paiol de armazenamento de grãos que atraem ratos e estes são o principal alimento das cobras. Os animais capturados foram encaminhados ao Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (CEVAP), da Unesp de Botucatu. A particularidade da cascavel é que mantém na ponta do rabo um guizo que ela vibra toda a vez que se sente ameaçada fazendo um barulho parecido com um chocalho.
Selante de fibrina
Embora uma picada dessa espécie de cobra possa levar um ser humano à morte em poucas horas, é do veneno da cascavel que se fabrica o selante de fibrina, um grande experimento científico desenvolvido pelo Cevap de Botucatu, coordenado pelo professores doutores Rui Seabra Ferreira Filho Benedito Barravieira.
O bioproduto, criado a partir da mistura de uma enzima extraída do veneno da cascavel com fibrinogênio de sangue de búfalos, auxilia na cicatrização de feridas. Por ser biológico, não causa rejeição e, portanto, é uma excelente alternativa para engenharia de tecidos e celular. A matéria prima usada foi o veneno da cascavel, por ser uma cobra comum no Brasil e tem volume de veneno bastante satisfatório para pesquisas.