Botucatu, sexta-feira, 04 de Julho de 2025

Segurança
13/07/2017

Foragida acusada de agredir crianças em Itatinga se entrega em Botucatu



As duas mulheres enquadradas em quatro crimes registradas por câmaras de segurança da creche,  tiveram a prisão temporária decretada pelo juiz Wellington Barizon

 

Nesta quinta-feira, acompanhada do advogado Júlio Fogaça,  a servidora pública Rita de Cássia Ramos Fogaça, que estava com a prisão decretada pelo juiz Wellington Barizon, de Itatinga, se apresentou na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Botucatu, prestou depoimento e foi recolhida na cadeia pública de Porangaba, onde permanece à disposição da justiça.

Rita de Cássia trabalhava na creche “Lar Menino Jesus”, que fica na Avenida Nossa Senhora de Fátima, região central da Itatinga, acusada de quatro tipificações de crime envolvendo crianças que frequentam a creche. Outra servidora, Jacira Nunes, de 58 anos, também foi enquadrada nos mesmos crimes e havia sido presa no início da semana pela Força Tática da Polícia Militar de Botucatu em uma casa no Jardim Iolanda.

As duas mulheres foram enquadradas nos artigos 136 (expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia); 146 (constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência);  218 (induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem); e 244 do Estatuto da Criança e Adolescente – ECA (corromper ou facilitar a corrupção de menor, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la).

 

Relembrando o caso

O caso envolvendo as duas funcionárias de uma creche na cidade de Itatinga, cujas imagens foram gravadas pelo sistema de segurança da creche e distribuídas por parentes das crianças, virilizou nas redes sociais e ganhou repercussão nacional.

Além disso, a Polícia Civil e o Ministério Público pediram à Justiça a prisão das duas monitoras que aparecem nas imagens agredindo e constrangendo crianças, que foi acatada pelo juiz Wellington Barizon. Também 20 pais de alunos abriram boletim de ocorrência (BO) contra as funcionárias que foram afastadas das funções.  

Num primeiro momento, a gravação mostra uma das funcionárias atirando um colchão contra uma criança. Em outro, uma criança é arrastada pelo braço e atirada na cama com violência e outra teve o cabelo puxado. Em outra “cena” que chama a atenção, um menino agarra e beija outra criança por várias vezes na boca, na presença de duas funcionárias que não tomam providências.

Também é polêmica e irregular a situação dessas duas funcionárias que, até então,  prestavam serviços na creche sem ter formação específica para ocupar o cargo, embora sejam concursadas e exerciam o cargo há alguns anos. A informação sobre a inabilidade das funcionárias foi passada pela própria Secretaria Municipal de Educação.










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