Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Segurança
24/07/2017

Garoto de 12 anos é apreendido pela GCM fazendo uso de maconha



Delegado Paulo Buchignani aponta que seria necessária uma repressão ainda mais rigorosa para aqueles que já fazem parte do contexto criminal de uso e tráfico e uma forte política de prevenção e educação para evitar que crianças e jovens que ainda não ingressaram nesse mundo, o façam

 

Numa operação realizada pela região do Parque dos Comerciários, a Guarda Civil Municipal (GCM), surpreendeu um garoto de 12 anos de idade, com um cigarro de maconha. Ele estava junto com outros garotos quando a abordagem aconteceu. Conduzido a Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE), juntamente com sua mãe que se mostrou surpresa ao tomar conhecimento que o filho estava envolvido com entorpecente.

Essa operação da GCM vem de encontro com o que já disse o delegado titular da DISE, Paulo Buchignani (foto) sobre a entrada cada vez mais precoce de adolescentes no submundo das drogas. Muitos começam fumando maconha,  passam pelo crack e se tornam dependentes químicos. Para sustentar o vício acabam nas mãos de traficantes, vendendo drogas em “biqueiras”  espalhadas pela Cidade.

“O aumento significativo de menores no tráfico passa por problemas sociais, como má formação escolar e educacional, muitas vezes, face a desestrutura familiar. O jovem não quer saber de estudar mais. Não se interessa em buscar um melhor desenvolvimento e um trabalho de melhor remuneração ou coisa assim. Na busca do ganho fácil são recrutados pelo crime e pelo tráfico e com isso, ganham dinheiro e notoriedade no meio onde vivem e chegam a disputar entre eles, perante o dono da biqueira, para conseguirem um lugar para vender droga. Outro fator que poderíamos citar, é o próprio sentimento de impunidade que impera dentre os adolescentes, face à legislação”, disse Buchignani.

No entender do delegado seria necessária uma repressão ainda mais rigorosa para aqueles que já fazem parte do contexto criminal de uso e tráfico e uma forte política de prevenção e educação para evitar que crianças e jovens que ainda não ingressaram nesse mundo, o façam. “Por hora, o conselho é que cada pai, cada mãe, cuide muito bem de seus filhos”, frisa.

Vale destacar que na Fundação do Centro de Atendimento Socioeducativa ao Adolescente (CASA), de Botucatu,  a média de internos por envolvimento com o tráfico de entorpecentes gira em torno de 90%. Outros 10% são referente a crimes como furto e roubo. A unidade tem capacidade para alojar 65 internos de Botucatu e de várias cidades da região, como São Manuel,  Itatinga, Lençóis Paulista, Laranjal Paulista e Barra Bonita.










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