Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Segurança
11/08/2017

Corpo de Bombeiros alerta sobre incêndios durante a estiagem



Grande parte dos incêndios registrados no Município acontece em razão da irresponsabilidade de pessoas que ateiam fogo, propositalmente, em locais de matas nativas ou quintais, infringindo a Lei Estadual (9.605/98) que prevê pena de dois a quatro anos de reclusão aos infratores

 

Nesta época do ano quando a temperatura mais baixa, ventos mais fortes e o clima seco, com menor volume de chuva, tornam o ambiente propício ao surgimento de um maior número de focos de incêndio, o Corpo de Bombeiros está alertando sobre o fato.  A estiagem faz com que chamadas para atendimento aumentem, consideravelmente.

Grande parte dos incêndios registrados no Município acontece em razão da irresponsabilidade de pessoas que ateiam fogo, propositalmente, em locais de matas nativas ou quintais. Existe uma Lei Estadual (9.605/98) que prevê pena de dois a quatro anos de reclusão. Além disso, o incêndio ocasiona prejuízos e danos à saúde pública, principalmente, a crianças e idosos, em razão da inalação da fumaça tóxica.


Corpo de Bombeiros de Botucatu chega a atender, em média, dez ocorrências diárias relacionadas a queimadas. “Fazemos triagem de cada caso, mas na maioria das vezes o fogo tem início de forma intencional, de ação humana, principalmente para a limpeza de terrenos”, comenta o comandante do Grupamento do Corpo de Bombeiros de Botucatu, tenente Edson Winckler.

Ele aponta que a população deve estar consciente dos perigos causados pelas queimadas. “Uma simples bituca de cigarro jogada à beira de áreas verdes pode provocar incêndios de grandes proporções, que trazem danos não só à nossa rica fauna e flora, como também ao ser humano”, argumenta o comandante.

 

Morte de animais

Também os incêndios é motivo de preocupação da equipe do professor/doutor Carlos Roberto Teixeira, responsável pelo Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres (CEMPAS), da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp de Botucatu. Isso porque muitos animais silvestres sofrem graves ferimentos em razão do fogo.

Teixeira aponta que as queimadas quando não afetam, diretamente, os animais, fazem com que deixem o habitat natural para escapar do fogo e muitas vezes são atropelados ao atravessar estradas ou invadindo residências na área urbana. Alguns morrem no próprio local do acidente. Grande parte dos animais atropelados e mortos está em vias de extinção.

 “É comum recebermos animais como lobos guarás, cachorros do mato, tamanduás, tatus, veados, cobras, aves, entre outros, com fraturas causadas por atropelamentos nas estradas. Alguns nós conseguimos salvar, mas outros, infelizmente, não. Também não são raros os casos de animais que, em razão das queimadas, acabam morrendo intoxicados por inalação de fumaça, dentro das suas tocas”, frisa o professor da Unesp.

Principais causas de incêndio
- Bitucas de cigarro;
- Fogueiras;
- Queima não controlada em pastos e canaviais;
- Queima de lixo;
- Descuido humano

Prejuízos oferecidos pelas queimadas
- Destruição de plantações e construções rurais;
- Perda de remanescentes florestais;
- Morte de animais silvestres (inclusive espécies em extinção);
- Poluição do ar
- Agravos à saúde (principalmente doenças respiratórias e alergias);
- Contribuição para o aquecimento global (produção em excesso de dióxido de carbono);
- Acidentes com queimaduras e até mesmo morte de pessoas










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