Réu acusado de homicídio tentado é condenado a mais de 10 anos de reclusão

Fotos: Valéria Cuter

Na denúncia consta que o réu disparou um tiro que transfixou o abdômen da vítima que mesmo ferida correu para dentro de sua casa, mas recebeu outros três tiros nas costas e sua mãe  veio em seu socorro e também acabou sendo atingida no tornozelo

 

Sob a presidência do juiz  titular da 2ª Vara Criminal, Henrique Alves Corrêa Iatarola, foi realizado nesta quinta-feira  (15) no Tribunal de Júri do Fórum, de Botucatu, o julgamento de  Claudio Aparecido Siqueira, conhecido como “Japonês”, que foi denunciado pela Promotoria Pública como autor de um homicídio tentado qualificado cometido contra Jonathan de Jesus Silva, o “Dinho” crime ocorrido na madrugada do dia 14 de agosto de 2013, na Rua Domingos Cariola, região do Jardim Peabiru.

Depois do debate entre acusação e defesa, o Conselho de Sentença formado por sete pessoas da sociedade botucatuense (quatro mulheres e três homens), entre as 21 convocadas, optaram pela condenação do réu por homicídio tentado qualificado e lesão corporal dolosa. O juiz presidente do Tribunal de Júri, Henrique Iatarola, leu a sentença imputando ao réu uma pena de 10 anos, 10 meses e 10 dias de prisão.

Na defesa do réu esteve a advogada Adriana Bogatti Guimarães Rizzo, que não acompanhou o processo e só foi designada para fazer o júri,  tendo na  assistência Larissa Abade, que fez sua estreia como defensora em julgamento. Na acusação, representando o Ministério Público atuou o promotor de Justiça Marcos José de Freitas Corvino.

 

O crime

Está relatado na denúncia da Promotoria Pública que o crime foi cometido por causa de uma dívida de drogas no valor aproximado de 800 reais. Na data dos fatos a vítima estava na sala de sua casa quando ouviu Siqueira lhe chamar e saiu em direção do carro em que ele estava, no banco de passageiro. Quando a vítima já estava bem próxima ao automóvel Siqueira disparou um tiro que transfixou o seu abdômen.

Mesmo ferido Dinho correu para dentro de sua casa, mas recebeu outros três tiros nas costas. A mãe da vítima, chamada Sueli, veio em socorro do filho e também acabou sendo atingida no tornozelo. Conduzido ao Hospital das Clínicas, em Rubião Júnior, Dinho passou por uma intervenção cirúrgica, permanecendo vários dias internado.

Ouvido no julgamento, Dinho deu uma versão diferente da denúncia ao juiz presidente do Tribunal de Júri. Alegou que não sabe quem fez os disparos contra ele. Sua mãe que consta como testemunha de acusação e que teria levado um tiro, não compareceu ao Fórum para prestar depoimento. Já o réu, optou por usar o direito que lhe concede a Constituição e se recusou responder perguntas. “Sou inocente”, foi a única coisa que disse.