Fotos - Valéria Cuter/Divulgação
Trabalho investigativo colheu fortes indícios que não deixam margens de dúvida da autoria do assassinato e ocultação de cadáver através da carbonização, sendo pedida a prisão temporária do principal suspeito ao juiz da 2ª vara criminal, Henrique Alves Corrêa Iatarola, que atendeu a solicitação
A Polícia Civil de Botucatu através da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) num trabalho conjunto com a Guarda Civil Municipal (GCM), identificou e prendeu o principal suspeito do assassinato cometido contra Diego Leandro Corrêa Borges, de 32 anos, que teve o corpo carbonizado e abandonado em uma área verde ao final da Rua Joaquim de Oliveira Leite, região do Jardim Peabiru.
O trabalho da Polícia Civil e GCM colheu o depoimento de várias testemunhas e através delas chegou-se a um cidadão de 29 anos de idade, que teria agido sozinho. Como a confissão ainda não aconteceu, o caso não foi encerrado e o nome do acusado permanece em sigilo a pedido da investigação e somente suas iniciais foram autorizadas (R.F.S.S.), que é conhecido por um determinado apelido e mora no Jardim Brasil.
Na delegacia o suspeito revelou que horas antes do crime ser cometido esteve em um bar no Jardim Brasil em companhia da vítima (Diego) e ambos saíram dali para fazer uso de entorpecentes e chegaram a combinar um programa sexual, fato que, segundo ele, não chegou a acontecer. Afirmou, ainda, que deixou Diego no local dos fatos e foi embora, negando a autoria do crime e só ficou sabendo do crime no dia seguinte.
Entretanto, o trabalho investigativo colheu fortes indícios que não deixam margens de dúvida da autoria do assassinato e ocultação de cadáver através da carbonização e a DIG pediu a prisão temporária do principal suspeito ao juiz da 2ª vara criminal, Henrique Alves Corrêa Iatarola, que atendeu a solicitação. Munidos de mandado judicial, policiais civis e agentes municipais se deslocaram até a casa do acusado e lhe deram voz de prisão, fazendo seu encaminhamento à cadeia transitória de Itatinga.
O crime
Diego Leandro Corrêa Borges teve o corpo carbonizado e abandonado em uma área verde ao final da Rua Joaquim de Oliveira Leite, região do Jardim Peabiru. O cadáver foi localizado na manhã de terça-feira por um rapaz que passeava a cavalo pelo local e alertou a Guarda Municipal.
Após a comunicação do crime os policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), juntamente com agentes da Guarda Municipal, passaram a ouvir pessoas que residem naquela região. Diego teria sido visto com vida pela última vez na noite que antecedeu o crime, em companhia de um grupo de amigos em um bar no Jardim Brasil. Nesse encontro, segundo apurou a investigação, não houve nenhuma discussão. Porém, horas depois ele foi brutalmente assassinado.
Na quarta-feira o Grupo de Ações Preventivas Especiais (GAPE), da GCM, foi acionado por uma pessoa que disse ser irmão da vítima e compareceu na Avenida Floriano Peixoto, Centro. Diante dos fatos, a DIG foi alertada e o investigador Castilho conduziu o rapaz até o necrotério, onde não teve dúvida em reconhecer a vítima devido às características físicas e vestimentas.
Embora o corpo estivesse bastante consumido pelo fogo, foi possível detectar alguns detalhes, como uma tatuagem no abdome (fênix) e uma séria lesão na cabeça, provavelmente, causado por um facão. Também a vítima teve o braço esquerdo arrancado (não encontrado), ossos quebrados e sua calça estava arriada. Ao seu lado alguns objetos pessoais.