Equipe do delegado Celso Olindo, da DIG, está apurando o caso
Criminoso se identificou como funcionário de uma agência bancária alegando que ela precisava atualizar seus dados e convenceu a mulher a entregar o cartão e a senha a um mototaxista que passaria em sua casa
Foi registrado em boletim de ocorrência (BO) no plantão permanente pela delegada Ana Paula Baston Theodoro Bengozi, nesta terça-feira, um caso de estelionato (artigo 171 do Código Penal Brasileiro), tendo como vítima uma senhora de 80 anos de idade, moradora da Vila Maria.
Segundo o relatório policial essa senhora atendeu a uma chamada telefônica e do outro lado da linha uma pessoa se identificou como funcionário de uma agência bancária alegando que ela precisava atualizar seus dados e convenceu a mulher a entregar o cartão magnético e a senha de sua conta corrente a um mototaxista que passaria em sua casa para apanhar o cartão e, posteriormente, providenciaria um novo. E assim foi feito.
Quando familiares dessa senhora tomaram conhecimento do fato era tarde demais já que os estelionatários já haviam sacado dinheiro de sua conta (não revelada a quantia) e procuraram a polícia para registrar a queixa. O caso foi encaminhado à Delegacia de Investigações Gerais (DIG), à equipe do delegado Celso Olindo.
Mais golpes
Vale lembrar que muitos estelionatários usam o telefone e a boa fé das pessoas para aplicar os mais variados tipos de golpe. E como são especialistas neste tipo de crime, com acentuado poder de persuasão, acabam lesando as vítimas. Um dos casos é o golpe do sorteio. O marginal liga para a vítima e diz que ela foi sorteada e ganhou um grande prêmio, mas para ter direito a ele, deve depositar certa quantia em dinheiro numa conta dada pelos criminosos.
Outro golpe praticado por telefone é o do falso sequestro. O autor do golpe liga, aleatoriamente, para telefones de vítimas e diz que está com o filho/a e exige dinheiro para o resgate. Com ameaças de morte e aproveitando a situação de nervosismo, os golpistas acabam convencendo a vítima de que realmente está com alguém de sua família. O estelionatário procura manter o contato com a vítima todo o momento, não deixando que ela desligue o telefone, para que não entre em contato com o filho/a.
Também existe o golpe conhecido como “bença tia”. Nesse, o criminoso liga para a vítima e se passa por um parente que mora em outra cidade e está com o carro quebrado na rodovia e pede que ela deposite dinheiro em sua conta para que possa acionar o mecânico. Convencida de que está falando com o parente, a vítima acaba depositando a quantia solicitada para o “conserto”.