Fotos: Valéria Cuter
Nos autos do processo o réu figura como autor do homicídio tentado, mas na sua defesa os advogados defenderam a tese de legítima defesa, acatada pelo corpo de jurados
Nesta quinta-feira, dia 9, sete pessoas da sociedade botucatuense entre as 23 convocadas pela justiça optaram pela absolvição do réu Bruno Ricardo Galdini, que aguardava seu julgamento recolhido junto ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Itatinga. Galdini, nos autos do processo, foi apontado como autor do homicídio tentado cometido contra Guilherme Regis Rodrigues Narcizo, crime ocorrido em 31 de maio de 2015, na Rua Adeodato Faconti, na Vila Mariana.
Na presidência dos trabalhos esteve o juiz titular da 2ª Vara Criminal e presidente do Tribunal de Júri de Botucatu, Henrique Alves Corrêa Iatarola e como representante do Ministério Público o promotor de justiça esteve Marcos José de Freitas Corvino. Na defesa do réu trabalharam os advogados Henrique Nogueira da Silva e Marcelo Piacitelli, que defenderam a tese de legítima defesa, acatada pelo corpo de jurados.
O crime
Na denúncia está descrito que no dia dos fatos os dois envolvidos que são primos, se desentenderam e entraram em luta corporal, com troca de socos e pontapés. Vizinhos separaram a briga e Bruno Galdini, entrou em sua residência e retornou minutos depois com uma faca na mão. Ao ver o primo armado, Guilherme Narcizo tentou fugir correndo, mas foi alcançado e recebeu uma facada nas costas causando lesões graves no pulmão, ficando com a lâmina da faca cravada nas costas.
O agressor fugiu, mas acabou capturado pela Polícia Militar ainda nas imediações do crime. Já a vítima foi encaminhada ao Pronto Socorro do Hospital das Clinicas (PSHC), da Unesp, onde passou por uma intervenção cirúrgica, permanecendo internado por cinco dias.
Homenagem
Vale destacar que após o encerramento dos debates o promotor de Justiça, Marcos Corvino, assim como o juiz presidente Henrique Iatarola prestaram homenagem ao trabalho desenvolvido pelo policial militar Sidnilson em razão de sua aposentadoria. “Nesse Fórum, não só nos trabalhos do júri, todos sentirão sua falta”, disse Iatarola.