Legisladores também sugerem que a unidade também possa disponibilizar psicólogos para amparar as mulheres vítimas de violência no momento em que elas procuram a delegacia para registrar a ocorrência
Dois requerimentos aprovados por unanimidade são desdobramentos da audiência pública que debateu a violência contra a mulher na Câmara Municipal de Botucatu e têm como autores a vereadora Rose Ielo [PDT], Abelardo da Costa Neto (PMDB) e Carlos trigo (PDT).
Com base em informação durante a audiência pública de que em Botucatu a grande maioria dos casos de agressões contra as mulheres acontece nos finais de semana, quando a Delegacia de Defesa da Mulher [DDM] está fechada, os vereadores sugerem que a unidade funcione 24 horas por dia e, também, possa disponibilizar psicólogos para amparar as mulheres vítimas de violência no momento em que elas procuram a delegacia para registrar a ocorrência.
Os legisladores argumentam, na propositura encaminhada ao governador Geraldo Alckmin e ao secretário estadual da Justiça e da Cidadania, Márcio Fernando Elias Rosa, que “as mulheres vítimas de violência necessitam de suporte no momento em que são agredidas, atendimento e amparo psicológico que estão, inclusive, previstos na Lei Maria da Penha”. Também o documento foi enviado aos deputados estaduais Rafael Silva, Fernando Cury e Clélia Gomes [Procuradoria Legislativa Estadual da Mulher], no sentido de que envidem esforços junto aos órgãos estaduais para atender à solicitação.
Mais patrulhamento
Outro requerimento também resultado do debate na audiência pública busca resolver o que moradoras do Residencial Caimã [Distrito de Rubião Junior] apontaram como os principais motivos para a ocorrência de agressões contra as mulheres no bairro: a falta de patrulhamento, de iluminação e de ações conjuntas no sentido de realizar palestras, campanhas de orientação e outras atividades visando coibir as agressões, que acontecem “com certa frequência” no local.
Essa propositura assinada pelos legisladores Rose Ielo [PDT], Abelardo da Costa Neto [PMDB], Alessandra Lucchesi [PSDB], Carlos Trigo [PDF], Izaias Colino [PSDB] e Jamila Cury [PSDB] pede que o prefeito Mário Pardini desenvolva, sobretudo naquele bairro, ações conjuntas envolvendo as secretarias de Segurança, Saúde, Educação, Cultura e Assistência Social, de forma a coibir a ocorrência de violência contra as mulheres.
O requerimento ainda solicita à comandante do 12° Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM-I), de Botucatu, tenente coronel Kátia Regina Firmino Christófalo, ao secretário municipal de Segurança e Direitos Humanos, Adjair de Campos, e ao Comandante da Guarda Civil Municipal, Sérgio Luiz Bavia, que intensifiquem o patrulhamento da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal naquela localidade. Cópias dos dois requerimentos foram encaminhadas à presidente do Conselho Municipal de Políticas Públicas para Mulheres Isabel Cristina Rossi Conte, para conhecimento.
Rede de Ensino
Ainda na área de Segurança Pública a vereadora Alessandra Lucchesi [PSDB] se mostra preocupada com a segurança dos estudantes da EMEF “Jonas Alves de Araújo”, a mais numerosa da Rede Municipal de Ensino, que atende mais de mil alunos do 1° ao 9° ano.
Por isso, encaminhou ao prefeito Mário Pardini, ao secretário municipal de Segurança, Adjair de Campos e ao comandante da Guarda Civil Municipal [GCM], Sérgio Luiz Bavia, solicitação de que incluam no cronograma da base móvel da GCM o deslocamento mensal à escola.
Segundo a vereadora, os momentos de entrada e saída de alunos do prédio escolar são críticos. “Devido ao grande fluxo de estudantes, eles acabam ficando expostos a ações de violência, drogas e a outros perigos. A presença da Guarda certamente irá coibir atos infracionais no entorno”, defende Alessandra.