Através de uma denúncia anônima, o cadáver da mulher foi encontrado pela PM dias depois do crime enterrado nos fundos do quintal em estado de decomposição
Sob a presidência do juiz titular da 2ª Vara Criminal e presidente do Tribunal de Júri de Botucatu, Henrique Alves Corrêa Iatarola e tendo como representante do Ministério Público o promotor de justiça Marcelo Otávio Camargo, acontece nesta terça-feira, dia 28, a partir das 9 horas, o julgamento dos réus Paulo Henrique Batista, o “Chicão” e Marcos Aparecido da Silva, o “Marcão”, acusados pelo assassinato, com requintes de crueldade, cometido contra Patrícia Aparecida Corvino, de 28 anos, a “Patricinha”, crime ocorrido em janeiro de 2015, na Rua 21 de Abril, região da Cohab IV. O julgamento é aberto ao público.
De acordo com o que foi descrito na denúncia assinada pelo promotor de Justiça Luiz Claudio Davansso, a vítima e os acusados estavam no quintal de uma casa desabitada fazendo uso de droga e acabaram se desentendendo, já que a mulher não concordou com a parte lhe foi dada de entorpecente. Ela já era conhecida dos meios policiais por conta do vício e chegou a ser internada compulsoriamente por diversas vezes. Por causa da dependência química, ela não tinha mais endereço fixo e passou a se prostituir e morar nas ruas.
Após a discussão, Paulo usando uma sombrinha, teria desferido golpes contra o peito de Patrícia e dado uma garrafada em sua cabeça fazendo com que desfalecesse. Em seguida, ele teria pedido para que Marcos a degolasse com um facão para se certificarem de que a vítima havia morrido. Depois arrastaram o corpo e o enterraram nos fundos do quintal, sendo coberto com folhas. Dias depois, através de uma denúncia anônima, a Polícia Militar foi até o local e localizou a vítima já em estado de decomposição. Com o trabalho investigativo os policiais identificaram a prenderam os autores.
Na defesa dos réus que aguardam o julgamento no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Itatinga estará atuando o advogado criminalista Roberto Fernando Bicudo. Sete pessoas da sociedade botucatuense, sorteadas entre 25 convocadas pela justiça irão decidir o futuro dos dois acusados.