Vítima foi morta em via pública dentro do seu carro com um tiro de espingarda calibre 12
Fotos: Valéria Cuter/Divulgação/Arquivo
Sete pessoas da sociedade botucatuense formarão o Conselho de Sentença, que terá a responsabilidade de julgar a culpabilidade de cada um dos quatro homens apontados como partícipes do homicídio
Um crime que gerou grande repercussão em Botucatu na época em que foi consumado será julgado no Tribunal de Júri do Fórum de Botucatu nesta quinta-feira, dia 30, a partir das 9 horas. A entrada será liberada para o público interessado em assistir o debate entre a acusação e defesa e a proclamação do resultado a ser feito pelo juiz titular da 2ª Vara Criminal, Henrique Alves Corrêa Iatarola, que irá presidir os trabalhos.
Trata-se do homicídio do empresário e professor Gilberto Limoni Filho, de 57 anos, ocorrido na primeira quinzena de dezembro de 2014, sendo o filho, Luís Gustavo Limoni, hoje com 37 anos, denunciado pela Promotoria Pública como o mandante do crime. Ele nega a participação. Outros três réus também serão julgados pela participação nesse assassinato. São eles: Paulo Ricardo Tavares de Souza e Cláudio Aparecido Siqueira Júnior (apontados como os executores) e Marcos Antônio Moreno Feitosa (que teria contratado os matadores a pedido de Limoni).
Para cada um dos réus estará atuando um advogado e a previsão é que o julgamento se estenda por várias horas. Serão quatro advogados e quatro acusados que estarão em plenário. Representa o Ministério Público, na acusação, o promotor de justiça, Marcelo Otávio Camargo Ramos. Sete pessoas da sociedade botucatuense formarão o Conselho de Sentença, que terá a responsabilidade de julgar a culpabilidade de cada um dos quatro homens apontados como partícipes do homicídio.
Denúncia do crime
Descreve a denúncia do Ministério Público que o crime aconteceu na primeira quinzena de dezembro de 2014 e esclarecido dois dias depois. Na ocasião dos fatos, Gilberto Limoni Filho transitava com seu veículo Chevrolet Classic, placas de Botucatu, pela Rua João Batista Carnietto, região do Jardim Continental, quando uma motocicleta vermelha emparelhou com o carro. O que estava no banco de passageiro da moto, munido de uma espingarda calibre 12 de cano serrado, desferiu um tiro à queima roupa atingindo o pescoço da vítima que morreu no local.
Durante o trabalho investigativo a Polícia Civil apurou que o filho da vítima, Luís Gustavo Limoni, teria dado um desfalque financeiro na empresa do pai e contratado Marcos Antônio Moreno Feitosa, de 30 anos de idade para matá-lo. Feitosa, por sua vez, teria contratado duas pessoas já bastante conhecidas nos meios policiais por participação em outros homicídios para fazer a execução: Paulo Ricardo Tavares de Souza, 25 anos, que conduzia a moto e Cláudio Aparecido Siqueira Júnior, 21 anos, o Japonês, que estava no banco traseiro do veículo e teria efetuado o disparo que tirou a vida de Limoni.
Os autores do crime foram presos pela Policia Militar durante patrulhamento pelo Distrito de Rubião Júnior e encaminhados à Delegacia de Investigações Gerais (DIG), onde se detectou que o assassinato havia sido arquitetado pelo filho da vítima que também teria informado o local e o horário em que o pai poderia ser abordado. Ainda em Rubião Júnior os policiais fizeram diligências até a residência de Cláudio Júnior, onde localizaram a motocicleta Honda/CG Titan de cor vermelha, que, segundo a denúncia, foi usada pela dupla no homicídio contra Limoni.
Os outros dois denunciados pela Promotoria Pública, ou seja, o filho do professor e empresário assassinado, Luís Gustavo Limoni, assim como Marcos Feitosa, que teria arquitetado o crime e contratado os dois assassinos para a execução, também acabaram presos durante o curso do trabalho investigativo.