Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Segurança
01/12/2017

Julgamento de Gilberto Limoni resulta em três condenações e uma absolvição



Fotos - Valéria Cuter

Foram condenados Luis Gustavo Limoni (18 anos de reclusão);  Cláudio Aparecido Siqueira Júnior, o Japonês, (24 anos de reclusão);  e Marcos Antônio Feitosa (16 anos e 4 meses), sendo que os jurados não encontraram culpa no quarto acusado: Paulo Ricardo Tavares

 

Em julgamento iniciado 9 às horas de  quinta-feira, dia 30, e encerrado às 3h40 da madrugada desta sexta-feira, dia 1º, o Corpo de Jurados, composto por sete pessoas ligadas a diferentes segmentos da sociedade de Botucatu (6 mulheres um homem), optou pela condenação de três dos quatro réus, denunciados pela Promotoria Pública como autores do assassinato que vitimou o professor e empresário Gilberto Limoni,  na ocasião dos fatos, com 57 anos de idade. Um dos acusados e condenados foi o próprio filho da vítima, Luis Gustavo Limoni, de 37 anos. O professor recebeu um tiro de espingarda calibre 12, à queima-roupa, em via pública, que atingiu seu pescoço.

Foram condenados pelo homicídio triplamente qualificado: Luis Gustavo Limoni (18 anos de reclusão);  Cláudio Aparecido Siqueira Júnior, o Japonês, (24  anos de reclusão);  e Marcos Antônio Feitosa (16 anos e 4 meses).  Os jurados não encontraram culpa no quarto acusado: Paulo Ricardo Tavares que nos autos do processo consta como aquele que estaria junto do Claudio Japonês em uma motocicleta quando o crime foi consumado e ele acabou absolvido.

Atuaram em plenário quatro advogados criminalistas, cada qual defendendo um réu diferente: Isabel Cristina Dupim Viotto, assistida por Maria Antonieta (Luis Gustavo Limoni); Adriana Bogatti Guimarães Rizzo (Claudio Aparecido Siqueira); Marcelo Piacitelli, assistido por Bianca Viviane de Almeida (Marcos Antônio Feitosa); e Roberto Fernando Bicudo (Paulo Ricardo Tavares de Souza).

Os trabalhos em plenário foram presididos pelo juiz titular da 2ª Vara Criminal, Henrique Alves Corrêa Iatarola, que mais uma vez  realizou um excelente trabalho para que o julgamento transcorresse em clima de muita tranqüilidade. Anunciou a sentença dos três réus condenados e a absolvição do quarto acusado. Representou o Ministério Público, o promotor de justiça,  Marcelo Otávio Camargo Ramos.

Foi apurado no transcorrer do trabalho investigativo esmiuçado com riqueza de detalhes  pelo promotor de justiça em plenário que o crime teve duas motivações: um desfalque que Luis Gustavo teria dado na empresa do pai e o  relacionamento complicado entre eles  no seio familiar. Parentes que foram arrolados como testemunhas relataram aos jurados esse relacionamento conturbado entre pai e filho.

 

Denúncia do crime

Descreve a denúncia do Ministério Público que o crime aconteceu na primeira quinzena de dezembro de 2014 e esclarecido dois dias depois. Na ocasião dos fatos, Gilberto Limoni Filho transitava com seu veículo Chevrolet Classic, placas de Botucatu, pela Rua João Batista Carnietto, região do Jardim Continental, quando uma motocicleta vermelha emparelhou com o carro. O que estava no banco de passageiro da moto, munido de uma espingarda calibre 12 de cano serrado, desferiu um tiro à queima roupa atingindo o pescoço da vítima que morreu no local. 

Durante o trabalho investigativo a Polícia Civil apurou que o filho da vítima,  Luis Gustavo Limoni,  teria dado um desfalque financeiro na empresa do pai e contratado Marcos Antônio Moreno Feitosa, de 30 anos de idade para matá-lo. Feitosa,  por sua vez, teria contratado duas pessoas já bastante conhecidas nos meios policiais por participação em outros homicídios para fazer a execução: Paulo Ricardo Tavares de Souza, 25 anos, que conduzia a moto e Cláudio Aparecido Siqueira Júnior, 21 anos, o Japonês, que estava no banco traseiro do veículo e teria efetuado o disparo que tirou a vida de Limoni. No julgamento, os jurados entenderam que Cláudio Japonês estava sozinho na moto, tirando Paulo Ricardo da cena do crime sendo este absolvido.

Os dois acusados pelo crime foram presos pela Policia Militar durante patrulhamento pelo Distrito de Rubião Júnior e encaminhados à Delegacia de Investigações Gerais (DIG), onde se detectou que o assassinato havia sido arquitetado pelo filho da vítima que também teria informado o local e o horário em que o pai poderia ser abordado.  Ainda em Rubião Júnior os policiais fizeram diligências até a residência de Cláudio Júnior, onde localizaram a motocicleta Honda/CG Titan de cor vermelha, que, segundo a denúncia, teria sido usada pela dupla no homicídio contra Limoni.

Os outros dois denunciados pela Promotoria Pública, ou seja, o filho do professor e empresário assassinado, Luis Gustavo Limoni, assim como Marcos Feitosa, que teria arquitetado o crime e contratado os dois assassinos para a execução, também acabaram presos durante o curso do trabalho investigativo.










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