Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Segurança
06/03/2018

Acusada de arquitetar assassinato do marido será julgada nesta quinta-feira



Julgamento será presidido pelo juiz titular da 2ª Vara Criminal, Henrique Alves Corrêa Iatarola

 

O julgamento do assassinato seguido de ocultação de cadáver e corrupção de menores será presidido pelo juiz titular da 2ª Vara Criminal, Henrique Alves Corrêa Iatarola, tendo como representante do Ministério Público o promotor de Justiça, Marcos José de Freitas Corvino

 

Nesta quinta-feira, dia 8, a partir das 9 horas, acontece no Tribunal de Júri do Fórum de Botucatu o julgamento da professora Antônia Electa Santucci, que na denúncia da Promotoria Pública foi acusada de arquitetar o assassinado do seu marido, o corretor de imóveis, Laurindo Pires Marques, de 68 anos, conhecido como Português.  O crime ocorrido no dia 27 de abril de 2014 tem outros dois réus:  Zildete Santucci de Oliveira (irmã de Antônia) e Leandro Rogério Teles, este apontado com um dos executores. O julgamento tem acesso livre para o público interessado.

O julgamento do assassinato de Marques seguido de ocultação de cadáver e corrupção de menores será presidido pelo juiz titular da 2ª Vara Criminal, Henrique Alves Corrêa Iatarola, tendo como representante do Ministério Público o promotor de Justiça, Marcelo Otávio Camargo Ramo. Na defesa dos réus estarão atuando os advogados criminalistas, Roberto Fernando Bicudo, Júlia Sogayar Bicudo e Marcelo Piaciteli. Sete pessoas da sociedade Botucatu, entre as 23 convocadas,  terão a responsabilidade de julgar e decidir o futuro do réu.

 

Relembrando o crime

Na ocasião dos fatos, a vítima foi encontrada pela Guarda Civil Municipal em uma estrada de terra num canavial ao lado de sua caminhonete Montana, placas DZI-2246, no final da Avenida Prefeito Joaquim Amaral Amando de Barros, no Jardim Cambuí.

Durante o trabalho investigativo os policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), apuraram que o crime foi arquitetado por Antônia que, através de sua irmã que teria feito o contato, contratou quatro adolescentes (três garotos e uma garota) e Leandro Rogério Teles, de 19 anos (na ocasião), que executaram a vítima, recebendo cada um, R$ 300 para consumar o crime.

Quando foi presa, a mandante do crime alegou que estaria sendo traída pelo marido e era agredida pelo mesmo e não queria passar os bens em seu nome Orientados por ela os executores invadiram a residência do casal, na Rua Amando de Barros, e mataram Marques por enforcamento no sofá da sala. Posteriormente, colocaram o corpo da vítima na sua própria caminhonete pick up que foi conduzida por Leandro para “desovar” o corpo em um local ermo do Jardim Cambuí.

Outro carro, conduzido por Antônia fez o acompanhamento para trazer Leandro para o centro da cidade, já que a caminhonete ficou no local, junto ao corpo. Todos os envolvidos foram identificados para responder por crime de homicídio triplamente qualificado. Os acusados, moradores do Jardim Monte Mor, relataram que foram contratados pela mulher para dar um susto no marido, mas ela teria mudado de idéia e agindo em conluio com sua irmã, deu ordem para matá-lo.

O delegado titular da DIG, Celso Olindo revelou que Antônia presenciou a morte do marido. “Na sala, puseram corda no pescoço dele, deram duas voltas e ficou um adolescente em cada ponta puxando, inicialmente sem força”, afirma. Nesse momento, a dona de casa teria questionado o corretor sobre suposta traição e cobrado a transferência de bens para o seu nome. Em seguida, de acordo com o titular da DIG, ela teria dado ordem ao grupo para que o marido fosse morto.

Logo após o assassinato do marido, de acordo com o delegado, Antônia usou o celular dele para mandar uma mensagem de texto com o objetivo de ocultar o crime. No texto, ele a chamava de “Preta”, pedia perdão e dizia para ela procurar um amigo para pedir orientação e receber dinheiro. “A mensagem denota que ele ia praticar suicídio ou sumir da cidade”, conta. Segundo Olindo, os acusados ainda tentaram amarrar o corretor de imóveis no galho de uma árvore para simular um suicídio por enforcamento, mas não conseguiram e acabaram abandonando-o ao lado de seu veículo.










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