Casal acusado de homicídio tentado qualificado é absolvido por júri popular

Fotos: Valéria Cuter

 

Durante sua explanação o advogado criminalista Carlos Carmelo Torres, assistido por Yunus “Sheik” Mustafá, pediu que o homicídio tentado fosse desclassificado para lesão corporal, tese que foi acatada pelos jurados na sala secreta

 

Nesta quinta-feira, dia 15, foi realizado no Tribunal de Júri do Fórum de Botucatu o julgamento do casal Gerson de Souza e Nilda Pereira da Silva, que nos autos do processo foram denunciados pelo Ministério Público, através da promotora Claudia Rodrigues Caldas Lourenção, como autores da tentativa de homicídio cometido contra Cibele Cristina Prado.

Por decisão do Corpo de Jurados formado por quatro mulheres e três homens da sociedade botucatuense, o casal foi absolvido. Na presidência do Tribunal esteve o juiz titular da 2ª Vara de Botucatu, Henrique Alves Corrêa Iatarola, tendo na representação do Ministério Público o promotor de Justiça, Marcos José de Freitas Corvino.

Durante sua explanação o advogado criminalista Carlos Carmelo Torres, assistido por Yunus “Sheik” Mustafá, pediu que o homicídio tentado fosse desclassificado para lesão corporal, tese que foi acatada pelos jurados na sala secreta. Com isso o casal que cumpria pena há dois anos, foi absolvido, sendo, também, extinguida a punibilidade de lesão corporal.

 

O crime segundo a denúncia

O crime aconteceu na noite do dia 31 de março, de 2016, por volta das 22 horas, no Espaço Acolhedor do Bocha, que fica na Rua José Antunes Filho, no Conjunto Habitacional Humberto Popolo – Cohab I.

Pela descrição da denuncia Gerson de Souza e Nilda Pereira da Silva estavam a quatro dias passando as noites no local e na ocasião dos fatos os dois saíram pela manhã e quando retornaram à noite encontraram o trinco do portão fechado por determinação do zelador. Ao serem informados por Cibele Prado que não poderiam entrar àquela hora eles se rebelaram e Nilda a agarrou pelas costas para que Gerson de Souza desferisse uma facada que atingiu a altura do abdome da vítima.

Após o crime o casal fugiu e populares acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para que Cibele fosse conduzida ao Pronto Socorro do Hospital das Clínicas (PSHC) da Unesp, onde foi submetida a uma intervenção cirúrgica e sobreviveu, recebendo alta hospitalar após alguns dias de internação.

Os policiais militares Gonçalves e Rafael, informados do crime passaram a patrulhar pela Cohab I e localizaram o casal em um terreno baldio, sendo ambos presos em flagrante. Ela foi recolhida ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pirajuí e ele no de Itatinga, onde aguardavam o julgamento.