Foto: Valéria Cuter
Depois do primeiro caso denunciado vieram outros com versões muito parecidas e os pais alegando que notaram mudança de comportamento dos filhos que apontaram o mesmo cidadão como autor dos delitos
Na tarde desta quinta-feira, dia 15, uma grande movimentação de pais e mães de alunos do Projeto Recrear, realizado no contraturno de Escola Américo Virgínio dos Santos, que fica na região do Conjunto Habitacional Frei Fidélis - Cecap, em frente à Praça Carlos Cesar, na Vila Assunção, aconteceu na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em razão de um cidadão de 53 anos de idade, funcionário da Secretaria de Educação, ter sido preso pela Polícia Militar, suspeito de ter molestado várias crianças estudantes, passando a mão em suas pernas e partes íntimas.
Depois do primeiro caso denunciado vieram outros com versões muito parecidas e os pais alegando que notaram mudança de comportamento das crianças que acabaram apontando para o mesmo homem. O acusado foi preso pelos policiais militares Marchesine e Destro e conduzido à delegacia para prestar depoimento. Como o caso é de grande complexidade e carece de uma apuração minuciosa, maiores detalhes não serão revelados até que tudo seja, devidamente, esclarecido.
Por razões óbvias, pais e mães se mostraram revoltados com o envolvimento dos filhos, que teriam sido vítimas do funcionário. O secretário de Educação Waldir Paixão, esteve na delegacia para se inteirar dos fatos e se mostrou bastante chateado com a situação e deu todo apoio aos pais. De acordo com os policiais militares que atenderam o caso, o acusado negou ter cometido os crimes e não reagiu ao receber voz de prisão. Pelo menos 8 crianças, entre 8 a 10 anos teriam sido molestadas pelo acusado, que foi indiciado em crime de estupro de vulnerável e recolhido à cadeia transitória de Itatinga.
O delegado seccional de polícia, Antônio Soares da Costa Neto, apontou que cada abuso poderá gerar uma pena. “A investigação vai apurar quantos abusos foram cometidos e para cada caso confirmado ele receberá uma pena. Isso deve fazer com que ele passe um bom tempo na cadeia, pois esse é crime considerado hediondo”, previu o seccional.
Prefeitura emite nota oficial sobre o caso
A Prefeitura de Botucatu repudia a conduta apresentada pelo servidor da Secretaria de Educação e classifica o ato como intolerável. A administração municipal já o afastou das funções e abriu processo para que o mesmo seja exonerado. A Secretária de Educação está dando suporte às famílias e a Secretaria de Saúde irá oferecer atendimento psicológico às crianças. Por fim, ressalta que se trata de um caso isolado e que não reflete a conduta dos Servidores Públicos Municipais.