Rapaz acusado de cometer assassinato em festa de aniversário vai a julgamento

Réu teria se desentendido com a vítima numa festa na região do Parque dos Pinheiros e ambos acabaram entrando em luta corporal e o acusado acabou disparando um tiro que atingiu a veia femoral do desafeto causando hemorragia interna

 

O Tribunal de Júri da Comarca de Botucatu se reúne na manhã desta quinta-feira, dia 5,  a partir das 9 horas, para proceder o julgamento do réu Wini Costa Terra Santos, de 26 anos, eletricista e estudante da Faculdade de Tecnologia (FATEC), que foi denunciado pela Promotoria Pública como autor do assassinato cometido contra o entregador  Luan Gustavo da Silva, de 20 anos.

A sessão do Tribunal de Júri será presidida pelo juiz  titular da 2ª Vara Criminal, Henrique Alves Corrêa Iatarola, tendo como representante do Ministério Público o promotor de Justiça, Marcos José de Freitas Corvino. Na defesa do réu estará atuando o advogado criminalista Vitor Deleo. Sete pessoas da sociedade Botucatu, entre as 23 convocadas, serão sorteadas momentos antes do início do júri e formar o Conselho de Sentença que terá a responsabilidade de definir o futuro do réu.

Consta na denúncia que na madrugada do dia 19 de abril de 2015, Wini teria se desentendido com Luan e alguns amigos deste numa festa de aniversário particular que estava sendo realizada em uma residência na Rua Mário Spera,  região do Parque dos Pinheiros e ambos acabaram entrando em luta corporal e Wini acabou disparando um tiro que atingiu a veia femoral do desafeto. Ele foi apresentado na delegacia, prestou depoimento, pagou fiança e foi liberado para responder ao processo em liberdade. Teve a prisão decretada em 2016 e se entregou, apresentando a arma de fogo que utilizara naquela madrugada. Desde então aguarda seu julgamento recolhido ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Itatinga.

A vítima foi conduzida ao Hospital das Clinicas Unesp de Botucatu onde foi submetido a uma delicada intervenção cirúrgica permanecendo internada por dois dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas teve hemorragia interna e veio a falecer. O debate será bastante interessante com o promotor defendendo a tese de que houve homicídio qualificado e o defensor alegando legítima defesa, para tentar desclassificar o homicídio qualificado para lesão corporal seguida de morte.

“Naquele dia, o Wini estava sendo agredido por várias pessoas e durante a luta corporal aconteceu um tiro acidental aleatório. Em momento algum o tiro foi para matar, pois foi disparado em direção ao chão. No meu entender foi ato de legítima defesa, uma lesão corporal que,  infelizmente acabou na trágica morte da vítima. É isso que vou procurar explanar aos jurados”, colocou o advogado Vitor Deleo.