Fotos: Valéria Cuter
Wini Costa Terra Santos, de 26 anos, eletricista e estudante da Faculdade de Tecnologia (FATEC), foi denunciado pela Promotoria Pública como autor do assassinato cometido contra o entregador Luan Gustavo da Silva, de 20 anos no Parque dos Pinheiros
O juiz titular da 2ª Vara Criminal, Henrique Alves Corrêa Iatarola, presidente do Tribunal de Júri da Comarca de Botucatu, coordenou com muita competência os trabalhos do julgamento do réu Wini Costa Terra Santos, de 26 anos, eletricista e estudante da Faculdade de Tecnologia (FATEC), denunciado pela Promotoria Pública como autor do assassinato cometido contra o entregador Luan Gustavo da Silva, de 20 anos. Julgamento ocorrido nesta quinta-feira, dia 5, foi iniciado às 9 horas e se prolongou até às 23h45.
Representando o Ministério Público esteve atuando o promotor de Justiça, Marcos José de Freitas Corvino, tendo na assistência da acusação o advogado Sebastião de Figueiredo Torres. Na defesa do réu trabalhou o advogado criminalista Vitor Deleo, sendo assistido pelo filho Rodrigo Pedrola Deleo. O corpo de jurados foi formado por 5 homens e 2 mulheres de diferentes segmentos da sociedade botucatuense.
Após o debate entre acusação e defesa, com direito e réplica e tréplica, os jurados acataram a tese defendida pelos Deleo e o crime de homicídio qualificado foi desclassificado para lesão corporal seguida de morte e o juiz presidente arbitrou a pena em 4 anos de reclusão em regime aberto, uma vez que o réu já cumpriu parte da pena e tem direito aos benefícios previstos em lei..
O crime segundo a denúncia
Consta na denúncia que na madrugada do dia 19 de abril de 2015, Wini teria se desentendido com Luan e alguns amigos deste numa festa de aniversário particular que estava sendo realizada em uma residência na Rua Mário Spera, região do Parque dos Pinheiros e ambos acabaram entrando em luta corporal e Wini acabou disparando um tiro que atingiu a veia femoral do desafeto.
Ele foi apresentado na delegacia, prestou depoimento, pagou fiança e foi liberado para responder ao processo em liberdade. Teve a prisão decretada em 2016 e se entregou, apresentando a arma de fogo que utilizara naquela madrugada. Desde estão aguardava seu julgamento recolhido ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Itatinga.
Naquele dia Luan Silva foi conduzida ao Hospital das Clinicas Unesp de Botucatu onde foi submetido a uma intervenção cirúrgica permanecendo internada por dois dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas teve hemorragia interna e veio a falecer.
“Na ocasião dos fatos, o Wini estava sendo agredido por várias pessoas e durante a luta corporal aconteceu um tiro acidental aleatório. Em momento algum o tiro foi para matar, pois foi disparado como defesa, em direção ao chão. No meu entender foi ato de legítima defesa, uma lesão corporal que, infelizmente acabou na trágica morte da vítima. Os jurados entenderam isso e acataram a tese de nossa defesa”, colocou o advogado Vitor Deleo.
E o juiz presidente do Tribunal de Júri, Henrique Iatarola, decretou o veredito. "Ante o exposto, julgo procedente a presente ação penal para condenar Wini Costa Terra Santos, devidamente qualificado nos autos, ao cumprimento de 4 anos de reclusão. Considerando que o réu está preso há quase dois anos, ou seja, desde 26 de maio de 2016, bem como o montante de pena aplicada, fixo o regime aberto para o cumprimento do restante da pena e permito que o réu apele em liberdade".