Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Segurança
17/05/2018

Em julgamento de ré, homicídio tentado é desclassificado para lesão corporal



Ré ficará em liberdade, mas terá que comparecer bimestralmente ao Fórum;  não se ausentar da Comarca por mais de 8 dias sem autorização judicial; não frequentar locais de duvidosa reputação e não praticar nenhum outro crime


Sob a presidência do juiz titular da 2ª  Vara da Comarca e presidente do Tribunal de Júri da Comarca de Botucatu, Henrique Alves Corrêa Iatarola, foi realizado o julgamento da ré Meire Lopes, denunciada pelo Ministério Público como autora  do homicídio tentado cometido contra seu marido, Claudinei Cirilo, na primeira hora da madrugada do dia 16 de novembro de 2016, na Avenida Milton Aparecido de Oliveira, no Jardim Santa Elisa.

De acordo com o que está descrito na denúncia do Ministério Público, Meire Lopes, após uma festa teve uma discussão banal com Cirilo e o esfaqueou por duas vezes atingindo o lado esquerdo de suas costas e o peito. Mesmo ferido ele telefonou para sua mãe e esta acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que fez o encaminhamento ao HC da Unesp, onde permaneceu internado por alguns dias.

O julgamento transcorreu de maneira rápida já que houve entendimento entre a Promotoria Pública e a Defensoria em desclassificar o homicídio tentado para lesão corporal dolosa grave, que foi acatada pela maioria do Conselho de Sentença (jurados), formado por 7 pessoas da sociedade botucatuense sorteadas para definir o destino da acusada e o processo foi suspenso por dois anos.

Com isso a ré ficará em liberdade, mas terá que, ao longo desses dois anos, comparecer bimestralmente ao Fórum para justificar suas atividades ao juiz da 2ª Vara Criminal;  não se ausentar da Comarca por mais de 8 dias sem autorização judicial; não frequentar casas noturnas, de jogos, prostíbulos e outros locais de duvidosa reputação e não praticar nenhum outro crime. Se no curso do processo algumas dessas medidas judiciais for descumprida a suspensão será revogada.

Além do juiz presidente, serventuários do Fórum, Conselho de Sentença e Polícia Militar estiveram trabalhando nesse julgamento o representante do Ministério Público, promotor de Justiça, Marcos José de Freitas Corvino e o defensor da ré, o advogado criminalista Carlos Carmelo Torres.










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