Fotos - Valéria Cuter/Arquivo
O acórdão foi publicado esta semana confirmando a decisão do Tribunal de Júri da Comarca de Botucatu presidido pelo juiz titular da 2ª vara Henrique Alves Corrêa Iatarola
Os desembargadores da 9ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) confirmaram esta semana a sentença imputada ao empresário João Alberto Mathias de 37 anos, 7 meses e 15 dias de prisão, após concorrido julgamento que teve início na manhã do dia 23 de março de 2017 e encerrado na madrugada do dia 24. O acórdão foi publicado esta semana no site do Tribunal, confirmando a decisão do Tribunal de Júri da Comarca de Botucatu presidido pelo juiz titular da 2ª Vara da Comarca, Henrique Alves Corrêa Iatarola.
Mathias foi denunciado pela Promotoria Pública como autor do assassinato de sua ex-namorada Sueli Aparecida Pereira e Ademir Matias, (38 e 29 anos, respectivamente) em uma festa, no Bairro Guarantã, em Botucatu, zona rural da cidade. Crime aconteceu na tarde do dia 07 de dezembro de 2014, onde estava sendo realizada uma festa em frente à igreja matriz.
Na acusação e representando o Ministério Público atuou o promotor de justiça, Marcos José de Freitas Corvino, tendo na assistência a advogada Mariana Percário, que pediu a condenação com duas qualificadoras, tese que foi acatada pelo Corpo de Jurados, composto por seis mulheres e um homem.
O réu teve na defesa os advogados criminalistas Rita de Cássia Barbuio e José Roberto Pereira, com apoio da estagiária Natália de Paula Medeiros, que buscaram convencer os jurados de que o réu agiu sob violenta emoção, com o objetivo de atenuar ao máximo a pena. Apos ser proferido o resultado da condenação os defensores apelaram junto ao TJSP pedindo a anulação do julgamento, por entenderem que a dosimetria da pena foi excessiva, também citando outros dados contidos do processo que teriam prejudicado a defesa do réu. Porém, a apelação foi indeferida.
Relembrando o fato
De acordo com testemunhas que presenciaram o crime, o réu João Mathias chegou ao local da festa e visualizou Sueli dançando com Ademir. Movido pelo ciúme sacou o revólver calibre 38 que trazia consigo e disparou um tiro contra a cabeça do desafeto que caiu de bruços. A mulher tentou fugir e Mathias disparou três tiros contra ela, sendo que dois acertaram as costas e o pescoço e um terceiro atingiu o pára-brisas de um carro estacionado.
Após os disparos Mathias fugiu em seu carro (Monza verde), e algumas pessoas que estavam na festa ainda tentaram interceptar a fuga atirando pedras no veículo que teve o vidro lateral estilhaçado. Sueli ainda foi socorrida com vida por uma enfermeira que estava na festa, mas morreu ao dar entrada no Hospital das Clínicas, da Unesp, de Rubião Júnior.
Após o crime, o acidente
Mathias retornou a Botucatu e o sair da SP-300 Rodovia Marechal Rondon e adentrar pela Domingos Sartori, percebeu as motocicletas da equipe do Grupo Especial de Patrulhamento Ostensivo com Motocicleta (GEPOM) da Guarda Municipal, além de uma viatura da Policia Militar. A perseguição aconteceu por várias ruas da cidade e só terminou no início da Rua João Morato da Conceição, na Vila Maria, quando Mathias bateu o carro contra um estabelecimento comercial e foi preso.