Fotos: Valéria Cuter
Foi este o primeiro julgamento previsto para acontecer em 2019, sendo que o crime aconteceu no dia 22 de junho de 2014, às 19 horas, na Avenida Dante Delmanto, região da Vila Pinheiro, defronte a uma concessionária de veículos
Um caso de homicídio tentado qualificado foi julgado nesta quinta-feira (31) sob a coordenação do juiz presidente do Tribunal de Júri e titular da 2ª Vara de Botucatu, Henrique Alves Corrêa Iatarola, tendo como representante do Ministério Público o promotor de Justiça, Marcelo Otávio Camargo Ramos. O Conselho de Sentença (jurados) foi formado por um grupo de 7 pessoas leigas da sociedade botucatuense (5 homens e 2 mulheres).
Foi este o primeiro julgamento previsto para acontecer em 2019. Crime aconteceu no dia 22 de julho de 2014, por volta das 19 horas, na Avenida Dante Delmanto, região da Vila Pinheiro, defronte a uma concessionária de veículos.
Sentou-se no banco dos réus Claudemir Caldardo (atualmente com 42 anos), que nos autos do processo foi denunciado pelo Ministério Público, como autor da tentativa de homicídio cometido contra Antônio Cazelotto da Silva (que tinha 58 anos ocasião dos fatos), de Campinas, que estaria mantendo um relacionamento amoroso com sua ex-mulher, Marinalva dos Santos. Réu teve na defesa a atuação dos advogados criminalistas José Roberto Pereira e Rita de Cássia Barbuio, com assistência da estagiária Natália de Paula Medeiros, que defenderam a tese de violência emoção e legítima defesa.
O julgamento, iniciado por volta das 9 horas, foi encerrado às 22h30. Após ouvir as testemunhas arroladas, entre elas a vítima Antônio Cazelotto e Marinalva, ex-esposa do acusado, e o debate acirrado entre a defensoria e o Ministério Público, o Corpo de Jurados votou pela inocência do réu.
O crime, segundo a denúncia
Pela descrição da denúncia Claudemir e Marinalva foram casados por vários anos e tiveram quatro filhos, mas aconteceu a separação e ela iniciou um novo relacionamento com Antônio Cazelotto, fato que teria causado desconforto na família. Dias antes do crime acontecer Antônio Cazelotto marcou, via telefone celular, um encontro com Mike, um dos filhos de Caldardo, que relatou o caso ao pai.
No dia dos fatos Mike ao lado de Claudemir e dois primos (Vilson e David), foi ao encontro em um veículo GM Kadett e uma motocicleta. Ao encontrar o desafeto, Claudemir lhe deu uma gravata e tirou seu telefone celular. A vítima conseguiu se desvencilhar e tentar fugir, sendo alvejado com três disparos de arma de fogo, sendo que dois tiros acertaram suas costas e um atingiu uma das mãos, vindo o mesmo a estourar a vidraça com o seu corpo e cair dentro da concessionária. Um quarto disparo se perdeu.
Após os tiros Caldardo, o filho e os dois sobrinhos fugiram abandonando o Kadett entrando em um veículo GM Corsa de cor prata, que foi deixado defronte à casa de parentes da ex-mulher e a chave jogada para dentro do quintal na Rua José Borioli, no Jardim Paraíso. Dias depois o acusado se entregou espontaneamente, acompanhado de um advogado.
Populares acionaram e equipe de resgate do Corpo de Bombeiros que encaminhou a vítima ao Pronto Socorro do Hospital das Clínicas (PSHC), da Unesp, onde foi submetida a uma intervenção cirúrgica e sobreviveu, recebendo alta hospitalar após alguns dias de internação. Também esteve no local as polícias Militar e Civil, além da Polícia Técnica Científica.