Fotos: Valéria Cuter  
 
 
Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Segurança
28/03/2019

Autores de assassinato de mulher por espancamento em via pública são condenados



Fotos: Valéria Cuter

 

Na ocasião dos fatos, a vítima foi abordada pelos acusados que passaram a desferir socos, pontapés e pauladas contra ela, deixando-a desacordada e com muitos hematomas, em via pública, causando-lhe lesões que a levaram à morte

 

Crime de homicídio triplamente foi julgado nesta quinta-feira, 28, sob a coordenação do presidente do Tribunal de Júri e titular da 2ª Vara de Botucatu, Henrique Alves Corrêa Iatarola, tendo como representante do Ministério Público o promotor de Justiça, Marcos José de Freitas Corvino. O Conselho de Sentença (jurados) foi formado por um grupo de 7 pessoas leigas da sociedade botucatuense, entre 23 convocadas. escolhidas por sorteio minutos antes do início do julgamento. Foram 4 homens ne 3 mulheres.

Sentaram-se no banco dos réus Rafael Pereira da Silva, João Vitor Correa Moreira e Cleiton Fernando de Araújo Silva, que nos autos do processo foram denunciados pelo Ministério Público, através do promotor Cézar Rodrigues Marques, como autores do homicídio cometido contra Adriana de Fátima Garcia, conhecida como Drica, que morava no Jardim Bom Pastor. Crime aconteceu no dia 30 de Maio de 2015, em frente a uma panificadora no Parque Marajoara. Um adolescente (na ocasião dos fatos com 16 anos de idade) também esteve envolvido no assassinato.

Pela descrição da denúncia essa mulher estaria em frente ao estabelecimento comercial importunando transeuntes e foi abordada pelos acusados que passaram a desferir socos, pontapés e pauladas contra ela, deixando-a desacordada e com muitos hematomas, em via pública. Após consumar as agressões os quatro fugiram. Drica, socorrida por populares, foi encaminhada em estado grave ao Pronto Socorro do Hospital das Clínicas (PSHC), da Unesp, onde foi internada, mas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer. Embora o local dos fatos esteja no centro daquele bairro, não há câmara de segurança.

O trabalho investigativo conduzido pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), identificou os acusados pelo crime. E foi o delegado Geraldo Franco Pires uma das testemunhas arroladas para o julgamento. Ele fez uma explanação geral de como o trabalho investigativo foi desenvolvido, culminando em prisão dos acusados.

Na defesa de João Vitor Correa Moreira atuaram os advogados criminalistas Rita de Cássia Barbuio e José Roberto Pereira. Já o advogado Roberto Fernando Bicudo, assistido por Julia Sogayar Bicudo,  foi o responsável pela defesa dos outros dois réus Rafael Pereira da Silva e Cleiton Fernando de Araújo Silva. A tese de defesa em plenário foi de negativa de autoria.

Após o debate entre acusação e defesa, o corpo de jurados se reuniu na sala secreta do Tribunal de Júri e a maioria decidiu pela condenação dos réus. O juiz presidente, mais uma vez muito elogiado por sua atuação em plenário, proferiu a sentença imputando ao réu João Vitor Correa Moreira uma pena de 14 anos de reclusão. Para Cleiton Fernando de Araújo Silva a pena foi de 18 anos. Já Rafael Pereira da Silva, foi apenado em 17 anos, com inclusão de corrupção de menores.

 










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