Benefício garantido por lei a todos os presidiários que estejam detidos em regime semiaberto, já tenham cumprido um sexto da pena (um quarto, no caso de reincidentes) e apresentem bom comportamento
Teve início nesta quarta-feira, dia 8, a liberação de milhares de homens e mulheres que estão presos no regime semiaberto no Estado de São Paulo e que têm direito à saída temporária do Dia das Mães conhecido no dialeto carcerário como “saidinha”. Vários deles são da região de Botucatu que cumprem pena em penitenciárias espalhadas pelo interior paulista, a maioria por tráfico de entorpecentes, roubos e furtos. O número e nomes dos presos não são divulgados.
Em razão disso, as forças de segurança irão intensificar o patrulhamento já que a tendência nas datas das “saidinhas” é haver aumento no índice da criminalidade. Os beneficiados passam o Dias das Mães com os familiares e retornam ao final da tarde de terça-feira, dia 14, para se reapresentam à carceragem dos respectivos presídios onde cumprem pena. A “saidinha” também é concedida aos presos no Natal/Ano Novo, Páscoa, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Finados.
A autorização do benefício é concedida por "ato normativo do juiz de Execução, após ouvido o representante do Ministério Público". Quando um preso não retorna à unidade prisional, ele é automaticamente considerado foragido e, quando recapturado, volta ao regime fechado e perde o benefício.
A "saidinha" é um benefício garantido por lei a todos os presidiários que: estejam detidos em regime semiaberto, já tenham cumprido um sexto da pena (um quarto, no caso de reincidentes), apresentem bom comportamento e recebam autorização de um juiz para sair temporariamente. Das seis datas de saída em feriados predefinidas ao longo do ano, o beneficiário pode sair em cinco.
Os defensores apontam que o benefício é fundamental para que os detentos criem laços, se reinsiram na sociedade e não voltem a cometer crimes. Já os críticos entendem que ela coloca uma grande quantidade de criminosos perigosos nas ruas ao mesmo tempo.