Esse tipo de entorpecente tem um efeito devastador no organismo e é usado por jovens de maior poder aquisitivo e em razão de seu alto custo, não é encontrado em “biqueiras” comuns espalhadas pela Cidade
Um trabalho realizado pelo setor de inteligência da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE), de Botucatu, fez a apreensão de uma grande quantidade de droga sintética no Bairro do Lavapés, região central da Cidade. Foi esta a primeira apreensão dessa tipificação de droga na Cidade.
A operação foi deflagrada nesta sexta-feira (14) sob o comando dos delegados Paulo Buchignani e Mauro Sergio Santos, contando com a participação dos investigadores Bassetto, Alexandre, João, Caio, Margarete, Emerson, Valmir e o escrivão Bruno.
Para realizar a operação os policiais civis interceptaram um veículo GM Colbat, conduzido por um traficante que estava na mira da polícia há vários dias. Esse cidadão, de 19 anos, de acordo com o delegado Paulo Buchignani, abastecia a classe média/alta, especialmente em baladas e festas raves. No momento da prisão ele estava acompanhado de sua namorada.
“O trabalho da DISE detectou que muitos jovens estão fazendo uso desse tipo de entorpecente que tem um efeito devastador no organismo e é usada por jovens de maior poder aquisitivo. Por exemplo, esse tipo de droga, em razão de seu alto custo, não é encontrada em “biqueiras” comuns espalhadas pela Cidade", explanou Buchignani. "A pedra bruta de MDMA, que é o próprio ecstasy em sua forma mais pura e chega a custar R$ 150 o grama”, comparou o delegado.
A operação da DISE computou a apreensão de 789 comprimidos de ecstasy, 480 selinhos de LSD e uma pedra bruta da droga sintética MDMA, conhecida como cristal, ou droga do amor, pesando 400 gramas, além de R$ 11.069,00, em dinheiro.
O cidadão preso foi indiciado em crime de tráfico de entorpecentes e a mulher que o acompanhava alegou desconhecer que o companheiro praticava o tráfico. Ele confirmou a versão da mulher que prestou depoimento como testemunha e foi liberada.
Embora essa quantidade de droga sintética tenha sido apreendida, o trabalho investigativo prossegue. “O acusado (traficante) não declinou nomes, mas sabemos que outras pessoas estão envolvidas e nosso trabalho continua para apuração dos fatos e a origem desse entorpecente. Isso deverá ser detectado no inquérito policial”, colocou Buchignani.