Material é fabricado com mistura de cola de sapateiro e vidro moído (ou limalha de ferro ou pó de quartzo) que é aplicada em linhas de papagaios (também conhecidos como pipas) para cortar linhas de outros no ar
A Guarda Civil Municipal em ação de patrulhamento preventivo/ostensivo pela Rua 12, no Bairro Santa Maria, flagrou um cidadão de 29 anos com linha de cerol, próximo a Rodovia Gastão Dal Farra. Ele foi detido e encaminhado à delegacia onde acabou multado, de acordo com a lei vigente do município.
Linha de cerol ou chinesa são nomes atribuídos a uma mistura de cola de sapateiro com vidro moído (ou limalha de ferro ou pó de quartzo) que é aplicada em linhas de papagaios (também conhecidos como pipas) para cortar as linhas de outros no ar, numa espécie de desafio com finalidade recreativa. O resultado é uma linha extremamente cortante, que pode trazer riscos (inclusive de morte) para quem aplica e para quem usa a linha com cerol.
Além disso, as linhas com cerol trazem riscos para a vida selvagem (em especial pássaros), para pedestres, ciclistas, motociclistas, motoristas de carros conversíveis e aeronaves. No Brasil, as atividades envolvendo a substância têm seu ápice nos meses de Janeiro, Fevereiro, Junho, Julho e Agosto que correspondem aos períodos de férias escolares, onde é bem maior a realização de disputas entre as crianças e adolescentes para ver quem consegue cortar a linha da pipa do outro.
Patrulha da Paz
A GCM utiliza como um dos meios de difusão de práticas contra a utilização de cerol e material cortante nas linhas de pipa, o programa Patrulha da Paz, promovido pela Patrulha Escolar da Guarda Civil Municipal, com apoio da Secretaria Municipal de Educação e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
O assunto tem sido debatido nas escolas atendidas pelo programa, atingindo cerca de mil alunos, que se transformam em agentes multiplicadores de boas práticas na hora de soltar pipa.