Como na cena do crime não havia sinais de luta corporal, a hipótese levantada é que a vítima tenha sido dopada e sua mulher foi encontrada sozinha em Bauru depois de alegar ter sido sequestrada
O crime de assassinato contra o policial militar reformado José Paulo de Almeida, de 61 anos, encontrado em seu quarto amarrado e com uma facada no peito, está cercado de mistério. Até a possível participação de uma facção criminosa está sendo ventilada.
Como na cena do crime não havia sinais de lutar corporal, a hipótese levantada é que a vítima teria sido dopada. Paralelo ao encontro do cadáver no quarto de sua casa, policiais militares de Bauru localizaram a mulher de Almeida, no centro daquela cidade traumatizada dizendo que havia sido roubada e sequestrada.
Segundo ela, três homens com máscaras teriam invadido sua casa em Botucatu e usando força física a sequestaram. Ainda nesse depoimento a mulher apontou que quando estava sendo levada, não ouviu os gritos do marido. Depois de permanecer refém dos marginais ela foi deixada sozinha em Bauru, de pijama, em um posto de gasolina.
O carro do casal foi roubado, levado a um local ermo do Jardim Monte Mor e incendiado. Foi pela numeração das placas do automóvel que os policiais militares chegaram até a casa do policial e o encontraram assassinado. Outro detalhe é que os marginais levaram dois televisores de tela plana e um revólver.
Relembrando o caso
Policiais especializados da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) estão trabalhando para elucidar o assassinato ocorrido durante a madrugada deste sábado (27), tendo como vítima o policial militar reformado (aposentado) José Paulo de Almeida, de 61 anos de idade.
Os policiais foram solicitados para comparecer em uma casa na Rua Alzira Domingues de Oliveira, entre os bairros Jardim Iolanda e Monte Mor, onde encontraram o ex-PM já em óbito em seu quarto. Almeida estava amarrado e com uma facada no peito. O boletim de ocorrência (BO) foi registrado no plantão permanente da Polícia Civil pelo delegado Marcelo Lanhoso de Lima, que compareceu no local dos fatos, juntamente com a Polícia Militar e Guarda Municipal.
Também a Polícia Técnica Científica esteve na residência onde tudo aconteceu para coletar dados e registrar imagens da cena do crime com a finalidade de elaborar o laudo pericial. Na sequencia, o corpo de Almeida foi conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) para a necropsia. O trabalho inicial dos investigadores é ouvir testemunhas, apurar se a vítima tinha desafetos, assim como o que fez e com quem esteve nas horas que antecederam o assassinato.