Advogados Rita de Cássia Barbuio e José Roberto Pereira farão a defesa de um dos réus
Consta na denúncia que a vítima foi agredida com socos e pontapés até que ficasse desacordado e, na sequência, foi atropelada por duas vezes seguidas, sofrendo lesões que a levaram à morte
Sob a presidência do juiz titular da 2ª Vara Criminal, Henrique Alves Corrêa Iatarola, tendo como representante do Ministério Público o promotor de Justiça, Marcos José de Freitas Corvino, será realizado nesta quinta-feira (1º de agosto), a partir das 9 horas, o julgamento dos réus Rafael Pereira da Silva e Rodinaldo de Paulo da Silva, ambos acusados pelo assassinato de Rodrigo Cesar Xavier Pereira. O homicídio triplamente qualificado aconteceu na madrugada do dia 30 de janeiro de 2016, na Rua Ediberto Roque Sforcin, região do Bairro Comerciários III.
De acordo com o que foi relatado na denúncia pelo Ministério Público, através do promotor de justiça Cezar Rodrigues Marques, vítima e acusados estavam em um baile funk na Chácara dos Veados, zona rural da Cidade, e acabaram se desentendendo no salão, mas não chegaram a se agredirem mutuamente. Rodrigo optou por sair do local acompanhado de um amigo e pela rua citada foi abordado por Rafael e Rodinaldo que estavam em um veículo VW Fox, com placas de Botucatu. Também esse automóvel trazia um adolescente.
Os três saíram do veículo e passaram a agredir Rodrigo com socos e pontapés até que ficasse desacordado. Na sequência os três retornaram ao veículo e Rafael teria atropelado a vítima desmaiada por duas vezes seguidas. Após as agressões os três fugiram. O rapaz que acompanhava Rodrigo saiu correndo, antes que as agressões se iniciassem, refugiando-se num bosque de mata nativa. Será ele a principal testemunha do julgamento.
Em estado muito grave a vítima foi socorrida pela equipe de resgate do Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Pronto Socorro do Hospital das Clínicas (PSHC) da Unesp, permanecendo internado por vários dias, mas não resistiu aos ferimentos e veio a entrar em óbito.
O futuro dos réus será decidido por um conselho de sentença (júri popular) composto por sete pessoas leigas da sociedade botucatuense, escolhidas minutos antes do início do julgamento, entre as 23 convocadas pela justiça.
O réu Rodinaldo de Paulo da Silva terá sua defesa feita pelos advogados criminalistas Rita de Cássia Barbuio e José Roberto Pereira. Já na defesa de Rafael Pereira da Silva em plenário atuará o advogado Roberto Fernando Bicudo.