Presidente do Tribunal de Júri, juiz Henrique Alves Corrêa Iatarola, estará coordenando os trabalhos em plenário e este deverá ser seu último julgamento em Botucatu, já que pediu sua transferência para Santa Bárbara d´Oeste
Nesta quinta-feira, dia 29, a partir das 9 horas, o juiz titular da 2ª Vara Criminal da Comarca e presidente do Tribunal de Júri de Botucatu, Henrique Alves Corrêa Iatarola, estará coordenando os trabalhos para a realização do julgamento do réu Wanderlei de Souza Pereira, vulgo “Vandão”.
Nos autos do processo o réu é apontado como coautor do assassinato cometido contra Marcos Pinto, conhecido como Quitão, em 25 de outubro de 2013. O crime aconteceu na garagem de casa dos parentes da vítima na Rua Regente Feijó, que faz cruzamento com a José Candeias Júnior, na Vila Real.
Outro acusado por este crime, Fabiano Souza Silva, conhecido como “Paraíba” foi julgado em 5 de novembro de 2015 e acabou condenado a uma pena de 17 anos de reclusão. Ao ouvir a sentença o réu gritou: "A justiça é cega! Sou inocente!". Já Vandão teve seu julgamento desmembrado para ser agendado para esta quinta-feira.
Para representar o Ministério Público está designado o promotor de justiça, Marcos José de Feitas Corvino e na defesa do réu o advogado criminalista Roberto Fernando Bicudo. Sete pessoas leigas da sociedade botucatuense, terão a responsabilidade de julgar e decidir o futuro do acusado.
A denúncia
Consta da denúncia, elaborada pela promotoria pública que Vandão, juntamente com Fabiano Souza Silva, conhecido como Paraíba, assassinaram Marcos Pinto, alcunhado de Quitão. No dia dos fatos, Marcos Quitão, que havia sido julgado e condenado a 30 anos de reclusão por um duplo assassinato e um homicídio tentado, cumpria pena na Penitenciária de Bauru desde 2006 e havia sido beneficiado com a saída temporária, conhecida como “saidinha” do Dia das Crianças. Chegou a Botucatu na sexta-feira e ficaria em liberdade até o final da tarde de terça-feira quando se apresentaria à carceragem do presídio. Mesmo estando preso ele já havia sido jurado de morte e tinha desavença com a família de Vandão.
Ele estava na casa de parentes quando dois homens encapuzados o chamaram. Quando Quitão apareceu na porta da sala recebeu uma saraivada de balas de pistola 9 mm. Foram disparados 36 tiros, sendo que 16 deles atingiram diferentes partes do corpo da vítima, principalmente, na cabeça. Após o crime os assassinos fugiram. Fabiano Souza Silva foi apontado como um dos criminosos e preso. Vandão foi acusado como coautor do crime.
Juiz se despede
O detalhe desse julgamento é que será o último presidido pelo juiz Henrique Alves Corrêa Iatarola. O magistrado pediu sua transferência para trabalhar em Santa Bárbara d´Oeste, onde residem seus familiares. Ele deixa a Cidade na próxima segunda-feira, dia 2 de setembro. Em seu lugar na presidência do Tribunal de Júri de Botucatu e na titularidade da 2ª vara criminal assume a juíza Cristina Escher, que virá da 4ª Comarca de São Paulo.