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Beneficiados passam o final de semana com os familiares e retornam ao final da tarde de terça-feira para se reapresentam à carceragem dos respectivos presídios onde cumprem pena
Já estão em liberdade milhares de homens e mulheres condenados e presos no regime semiaberto no Estado de São Paulo e que têm direito à saída temporária de Finados, conhecida no dialeto carcerário como “saidinha”. Vários presos são da região de Botucatu que cumprem pena em penitenciárias espalhadas pelo interior paulista, a maioria por tráfico de entorpecentes, roubos e furtos. O número e nomes dos presos não é divulgado.
Como acontece nessas datas específicas do ano, as forças de segurança intensificam o patrulhamento já que a tendência nas datas das “saidinhas” é haver aumento no índice da criminalidade. Os beneficiados passam o Dia de Finados com os familiares e retornam ao final da tarde de terça-feira, dia 5, para se reapresentam à carceragem dos respectivos presídios onde cumprem pena. A “saidinha” também é concedida aos presos no Natal/Ano Novo, Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais e Dia das Crianças.
A autorização do benefício é concedida por "ato normativo do juiz de Execução, após ouvido o representante do Ministério Público". Quando um preso não retorna à unidade prisional, ele é automaticamente considerado foragido e, quando recapturado, volta ao regime fechado e perde o benefício.
A "saidinha" é um benefício garantido por lei a todos os presidiários que: estejam detidos em regime semiaberto, já tenham cumprido um sexto da pena (um quarto, no caso de reincidentes), apresentem bom comportamento e recebam autorização de um juiz para sair temporariamente. Das seis datas de saída em feriados predefinidas ao longo do ano, o beneficiário pode sair em cinco.
Os defensores apontam que o benefício é fundamental para que os detentos criem laços, se reinsiram na sociedade e não voltem a cometer crimes. Já os críticos entendem que ela coloca uma grande quantidade de criminosos perigosos nas ruas ao mesmo tempo.