Foto: Valéria Cuter
Geralmente, os marginais entram pela porta dos fundos da residência e uma viatura em patrulhamento pode estar passando em frente desta casa e não perceber o crime
Apesar do trabalho de patrulhamento preventivo/ostensivo desenvolvido pelos bairros da cidade, a Polícia Militar e Guarda Civil Municipal tem registrado regularmente casos de furtos a interior de residências, levando os crimes para o setor investigativo da Polícia Civil. Por causa da criminalidade muitas casas são dotadas de muros altos, sistema de monitoramento, cercas elétricas, cães adestrados, entre outros dispositivos.
Os marginais aproveitam-se da ausência dos moradores e invadem as residências (muitas vezes através de arrombamento de portas e janelas) e procuram objetos de valor que possam ser vendidos a receptadores ou trocados por entorpecentes em pontos de vendas conhecidos como “biqueiras” espalhados pela cidade.
Casos de furtos a residências são registrados com certa regularidade em Botucatu e a tendência é que o número de ações dos marginais aumente nesse período. O clima de festividades, a euforia do final de ano e o fato de ter mais dinheiro circulando no comércio e com os consumidores, propicia o acréscimo de ocorrências desse gênero.
Para minimizar ocorrências de furtos, o comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM-I), de Botucatu, tenente coronel Jorge Duarte Miguel (foto), que agrega 13 municípios da região, ressalta que deve haver sincronismo e uma colaboração mútua entre vizinhos.
“O vizinho quando observar a existência de alguém em atitude suspeita em frente de uma casa deve comunicar à polícia. Geralmente, os marginais entram pela porta dos fundos da residência e uma viatura em patrulhamento pode estar passando em frente desta casa e não perceber o crime”, coloca o comandante.
Jorge Miguel também aponta as festividades do final de ano, quando muitas famílias viajam e deixam as casas sozinhas facilitando a ação dos marginais. Orienta para que as pessoas comuniquem seus vizinhos quando forem viajar para que as correspondências (jornais, cartas e revistas) não se acumulem. “
”O volume de correspondências mostra que a casa está vazia e isso chama a atenção dos marginais que são oportunistas e ficam observando onde podem agir. Quando um cidadão for viajar com sua família deve pedir ao vizinho que recolha sua correspondência”, ensina. “É importante dificultar a ação do criminoso que sempre está pronto para agir e lesar o cidadão de bem”, concluiu o comandante.