A eleição foi promovida pelo “Passarinhando”, um projeto de extensão do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu em parceria com a Secretaria Municipal do Verde e das 300 espécies de aves catalogadas no Município, 80 foram selecionadas para a votação popular através da internet
Depois de mais de dois meses de votação aberta ao público, Botucatu tem agora a sua ave símbolo: o Bem-te-vi. Ao todo foram somados mais de 2 mil votos, dos quais 585 elegeram a ave vencedora. A eleição foi promovida pelo “Passarinhando”, um projeto de extensão do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu em parceria com a Secretaria Municipal do Verde.
Das 300 espécies de aves catalogadas no Município, 80 foram selecionadas para a votação popular através da internet. No segundo lugar na eleição da Ave Símbolo do Município ficou o Tucano, com 210 votos. O terceiro lugar ficou o João-de-barro, com 187 votos.
Bem-Te-Vi
O Pitangus sulphuratus, popularmente conhecido como Bem-te-vi, mede entre 22 e 25 centímetros de comprimento, com peso médio de 60 gramas. Típico da América Latina, o pássaro pode ser encontrado no Brasil em cidades, matas e locais próximos a ambientes aquáticos, como córregos, lagoas e rios.
Na natureza, o Bem-te-vi constrói seu ninho com capim. Na cidade, na ausência da vegetação, o faz com papel, plástico e fios. Comilão, o pássaro se alimenta desde frutas flores até insetos e ovos de passarinhos.
Passarinhando
O projeto de extensão universitária "Passarinhando: Educação Ambiental e Conservação", coordenado pela professora Silvia Mitiko Nishida, docente do Departamento de Fisiologia do Instituto de Biociências (IB) da Unesp, câmpus de Botucatu, criou, no último dia 22 de maio, o Clube de Observadores de Aves de Botucatu (CoAVES-UNESP).
Além de reunir ornitólogos, o objetivo do Clube é promover educação ambiental e a popularização da ciência por meio de atividades relacionadas à avifauna. A primeira ação ocorreu em 10 de junho com a exposição de aves taxidermizadas, ninhos, crânios e penas, realização de oficina de origami e abertura de mostra de fotos.
A professora Silvia destaca que as aves exercem papel fundamental no meio ambiente atuando como importantes dispersoras de sementes e na polinização das flores e que as ações desenvolvidas no projeto de extensão visam conscientizar a população no combate ao tráfico da vida silvestre e estimular o desejo de contemplar as aves no seu ambiente natural e conecta as pessoas ao meio ambiente, por meio da observação do comportamento das aves.
Outro parceiro do CoAVES-UNESP é o Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens (Cempas) da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), do câmpus de Botucatu da Unesp, setor responsável por fornecer aves e mamíferos que morrem e seriam descartados para que, após processo de taxidermização, passem a integrar mostras didáticas, as quais têm a finalidade de apresentar a diversidade de formas e tamanhos das aves. O CentroFauna do Instituto Floravida e vários ornitologistas botucatuenses também são apoiadores do CoAVES-UNESP.