Fotos - Valéria Cuter/Divulgação
Importante lembrar que já se passaram onze anos desde que foi iniciado o projeto de autoria do arquiteto botucatuense Guilherme Antonio Michelin – Parque Urbano Fazenda Lageado, que delineou as linhas principais do que veio se consolidar durante esses últimos anos
Neste primeiro boletim do ano o coordenador do núcleo do Museu do Café, da Fazenda Lageado, José Eduardo Candeias, apresenta alguns dados que demonstram a importância do Museu do Café da Fazenda Lageado, por meio de suas diversas atividades. Importante lembrar que já se passaram onze anos desde que foi iniciado o projeto de autoria do arquiteto botucatuense Guilherme Antonio Michelin – Parque Urbano Fazenda Lageado, que delineou as linhas principais do que veio se consolidar durante esses últimos anos.
Visitantes 2017
O museu fechou o mês de dezembro recebendo 1.642 visitantes. Somando ao acumulado do ano chega-se a marca de 28.465 visitantes. Já o acumulado no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2017 atinge a marca de 236.124 visitantes. Apesar das dificuldades que atingem a economia, o setor de turismo não é diferente, o museu superou a marca de 2016 que foi de pouco mais de 25 mil visitantes.
Instituições
No tocante às visitas agendadas chegou a marca de 120 Instituições. Esse número foi inferior ao registrado no ano de 2016. Muitas Escolas, apesar de pré-agendarem a visita, próximo da data acabavam desmarcando alegando dificuldades financeiras para arcar com os custos de transporte e lanches. Isso foi constante e atingiu tanto escolas públicas como particulares.
Exposições
Dando prosseguimento ao projeto “Lageado é Arte” este ano o museu trouxe para Botucatu 9 exposições. O acumulado desde 2010, quando foi aberto o espaço para as mostras, atinge 55 eventos, Em 2017 vieram trabalhos dos seguintes artistas: Cláudio Cristiano, Eliana Tsuru, Fernando Rockert, Lígia DeSá, Lucilena Ramalho, Nequitz, Osmar Santos, Wânia Rodrigues, Pauleti e Antonio Luis dos Santos - “Tony”.
No caso das exposições merece destaque o apoio da “Cia Arte Cultura” de São Paulo, por meio do seu proprietário Paco de Assis, além da curadoria das mostras a cargo de Oscar D’ Ambrosio. O resultado em termos de visitantes demonstra que as exposições foram apreciadas por mais de 21 mil pessoas. Esses números reforçam o caráter de regionalidade que o museu vem assumindo também nesse campo das artes plásticas.
Novas salas
Durante o ano aberto, também uma nova sala destinada ao projeto “Arqueologia no Campus”. Esse projeto, que teve início em 2009, graças ao apoio da empresa Zanettini Arqueologia, ganhou novos objetos e, em função disso, necessitava de um espaço maior para exposição. Além disso, as pesquisas arqueológicas desenvolvidas em área de expansão da Usina Açucareira São Manoel também disponibilizou painéis que estão expostos nesse novo espaço.
A intenção para este ano é ampliar ainda mais esse espaço buscando um novo local que abrigaria todo o acervo de material arqueológico que venha para o museu em função de novas descobertas. Com o remanejamento de espaço, foi possível reunir objetos de marcenaria na sala que abrigava as peças arqueológicas, oferecendo oportunidade para render uma justa homenagem aos profissionais que construíram a riqueza e beleza das estruturas de madeira das grandes fazendas do interior de São Paulo. Esse novo espaço já se tornou um grande atrativo para os visitantes.
Novos itens no acervo
No projeto “Da Minha Casa para o Nosso Museu” o acervo recebeu novos objetos doados por diversos “Amigos do Museu do Café da Fazenda Lageado”. Essas doações são importantes, pois, os objetos passam a ser apreciados por milhares de pessoas, e demonstra o reconhecimento dos doadores pela importância do Museu.
Novos espaços
Num esforço que envolveu a estrutura de manutenção da Faculdade, foi aberto o porão do prédio da tulha que veio somar ao espaço onde está localizada a máquina de beneficiamento. Com esse procedimento é possível ao visitante ter uma noção exata da real ocupação dos espaços como um conjunto integrado e harmônico voltado a uma grande fazenda produtora de café.
Além desse espaço conseguiu-se voltar a expor o interior da Serraria e incorporar, abrindo pela primeira vez, o espaço da antiga Ferraria. Esses novos espaços passaram a despertar grande curiosidade nos visitantes pois eles podem admirar e reconhecer, por meio das estruturas, a grandiosidade da área histórica da Fazenda Lageado.
Ponto de Informações
Graças ao apoio da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Adjunta de Turismo, tendo à frente o Secretário Guto Tecchio, o museu passou a contar com um Ponto de Informações Turísticas – PIT. Esse espaço veio somar aos já existentes e em funcionamento localizados no Shopping Botucatu, na Avenida Pedretti Neto e na Estação Ferroviária. O PIT do Lageado funciona de quarta a domingo, no período da tarde, e a intenção é oferecer informações, dicas e sugestões aos milhares de visitantes do museu ampliando o leque de alternativas turísticas.
Descubra Botucatu
O museu e a área histórica da Fazenda Lageado continuaram fazendo parte do roteiro do projeto “Descubra Botucatu”. Por meio do projeto o Museu recebeu grupos de visitantes aos sábados – roteiro de uma hora – e aos domingos – roteiro de 2 horas – oportunidade em que os visitantes são acompanhados por mediadores, conhecendo o interior de prédios e também o acervo do Museu do Café.
Mediadores
Para fazer frente a todas essas atividades o museu conta com uma equipe enxuta. São 4 mediadores que atendem ao público, acompanham os visitantes na visitas agendadas, auxiliam na montagem e desmontagem das exposições, fazem os levantamentos dos números registrados pelo museu e auxiliam nas diversas tarefas. Em 2007 a equipe começou com os mediadores Renato, Lucas, Vitor e Dainara. Ao longo do ano a equipe sofreu alterações em função da conclusão do período de contrato (o máximo são dois anos) ou pela conclusão de curso.
Assim, toda equipe foi substituída pelas mediadoras Michele, Daiana e Giovanna, sendo que ainda está para ocorrer a reposição da vaga pela saída da mediadora Dainara, que é contratada pela Prefeitura Municipal. Importante lembrar que mesmo com as substituições ocorrendo praticamente ao mesmo tempo, o museu continuou atendendo as solicitações de visitas mediadas.
Divulgação
Uma das ações que o museu tem investido desde 2006 está relacionada a divulgação. Para isso conta com o apoio das empresas de mídia (rádio, revistas, televisão, jornais, mídia eletrônica) que periodicamente repercutem os fatos.
Endosso Institucional
Graças ao apoio da Zanettini Arqueologia, o museu passou a fornecer “Termo de Endosso Institucional” para empresas em razão da necessidade de realização de trabalhos de prospecção arqueológica. Assim, como o Museu está cadastrado junto ao IPHAN, cada empresa que necessita realizar trabalho com arqueologia precisa de uma Instituição cadastrada para fornecer o endosso. Em contrapartida qualquer objeto encontrado durante esse trabalho ficará sob a guarda do Museu do Café para exposição e eventuais pesquisas. A tendência com essa ação é não só fazer crescer o acervo do espaço do projeto “Arqueologia no Campus” como também propiciar o aporte de recursos financeiros para fazer frente aos investimentos no espaço de exposição.
Identificação
Ao longo do ano as salas do museu foram reorganizadas em termos de identificação visual. Todas as salas possuem placas indicativas o que facilita a circulação e localização dos itens do acervo. Além disso, foram também identificados os quadros e fotos expostos no acervo, com placas detalhando o objeto exposto. Na mesma linha foram identificados os implementos agrícolas expostos no gramado defronte ao prédio da Tulha.
Agora a próxima etapa será a instalação de folhas com a identificação dos itens do acervo, separados sala por sala. Com essa identificação praticamente todo o histórico das peças do acervo ficarão à disposição dos visitantes. Posteriormente será implantado mesmo procedimento em inglês.
Candeias
Essas foram às principais ações e resultados apresentados no ano de 2017. Porém, nada disso teria sido possível se não fosse o apoio de todos os nossos parceiros, o carinho dos nossos milhares de visitantes para com o Museu e seu acervo, os doadores que encontraram no museu um parceiro em quem confiaram seus objetos, os artistas que gentilmente trouxeram suas obras para apreciação de nossos visitantes. Um agradecimento especial a atual equipe de mediadoras formada por Michele Caroline de Oliveira, Daiana Pontes Conceição e Giovanna Antunes Lopes da Silva, alunas do curso de História da Universidade do Sagrado Coração – USC de Bauru.
Também um agradecimento a Nilza Fogaça responsável pela limpeza interna do Museu, e que se encontra em tratamento de saúde, e a atual responsável Valquíria Rodrigues dos Santos. Também agradecimento ao servidor José dos Santos Rodrigues que vem auxiliando na parte externa e cuidando de vários detalhes na área histórica.
O reconhecimento do apoio da atual administração da Faculdade de Ciências Agronômicas – FCA, e da Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais – FEPAF. Para 2018 a expectativa é o avanço em diversas questões relacionadas a esse importante patrimônio histórico, cultural e turístico do estado de São Paulo, e a possibilidade de continuar recebendo e atendendo todos os nossos milhares de visitantes da melhor forma possível.